Este é o número de minutos ao telemóvel que faz disparar a hipertensão

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[Fotografia: pexels/Ivan Samko]

Uso de telemóvel e doenças cardiovasculares podem estar intimamente ligadas. As conclusões estão vertidas num estudo que acompanhou mais de 200 mil pessoas do Reino Unido e durante um longo período no tempo de cerca de 12 anos.

De acordo com a investigação, foi pedido aos inquiridos que falassem ao telemóvel por 30 minutos ou mais por semana. Estes, ao fazê-lo, tiveram um registado aumento no risco de hipertensão de 33% para quem é paciente de risco genético e de 7% face à população em geral e que usou telefones com menor frequência.

A análise, publicada a 4 de maio no European Heart Journal – Digital Health e que pode ser lida no original aqui, também refere que quanto maiores os tempos de uso, mais potenciais os danos.

O documento indica que a utilização numa base semanal de 30 a 59 minutos, uma a três horas, quatro a seis horas e mais de seis horas está associada a riscos acrescidos de oito, 13, 16 e 25%, respetivamente. A equipa refere que a tendência contrária foi verificada junto dos inquiridos que consumiram menos de cinco minutos por semana a falarem ao telemóvel. Ou seja, o risco de hipertensão é menor.

O número de minutos gastos a falar ao aparelho é importante para a saúde do coração, com a tendência que revela que quanto mais os mais minutos despendidos, maior risco”, refere o autor do estudo agora publicado, o professor da Southern Medical University, na China. Para Xianhui Qin, os “anos de uso ou o emprego da ferramenta altavoz não tiveram influência na probabilidade de desenvolver hipertensão.”

A justificar esta correlação está, segundo a equipa, a probabilidade de os campos eletromagnéticos emitidos pelos telemóveis possam estar associados a tumores cerebrais.

Apesar destas conclusões, Xianhui Qin pede para que sejam feitas mais pesquisas para verificar os resultados, solicitando, contudo, que se “minimizem as chamadas telefónicas para preservar a saúde do coração”.