Este sábado há manifestação nacional de mulheres contra “recuos” nos direitos

Lisboa - Dia Internacional Mulher
[Fotografia: Steven Governo / Global Imagens]

“Muito se avançou nos direitos das mulheres” após o 25 de Abril, “particularmente na lei mas na vida a igualdade tarda a chegar e os retrocessos têm sido muitos, fruto de políticas que afirmam a igualdade, mas a impendem na prática”, refere a plataforma Movimento Democrático de Mulheres (MDM).

Por isso, “sem recuos nem retrocessos, com justiça e inclusão social, desenvolvimento e trabalho, igualdade e paz”, a luta vai voltar à rua. A concentração está marcada para as 15.00 horas deste sábado, 23 de março, no Rossio, Lisboa, e com destino ao Largo do Carmo, “espaço emblemático da Revolução de Abril, lembrando os 50 anos depois do 25 de abril”, refere a mesma nota.

Sobretudo num momento em que, como afirma a plataforma em comunicado, “as alterações na Assembleia da República, resultantes das recentes eleições, motivam e implicam novos desafios que exigem mais participação das mulheres na defesa das conquistas de Abril. Pedem, por isso, “mobilização” e “determinação para não perder direitos ou voltar atrás”.

Entre os eixos de protesto, a MDM elenco nove prioridades para “implementação de políticas indispensáveis à igualdade e à melhoria das condições de vida e de trabalho das mulheres”. A estrutura clama por aumento geral dos salários, menor custo de vida, acesso a habitação sem especulação, luta contra a violência doméstica e o proxenetismo e mais “acesso ao planeamento familiar, IVG, cuidados maternos e infantis”.