#Estudoemcasa não deverá continuar no próximo ano

visita-ao-estdio-do-estudoemcasa--imprensa_49777421597_o

Independentemente do futuro da pandemia e de uma eventual nova vaga apesar da vacinação, como alertou na semana passada a diretora-geral da saúde Graça Freitas, a possibilidade de as aulas transmitidas na televisão prosseguirem para o próximo ano letivo não está, para já, em cima da mesa.

Nada indica que prossigam, não acredito que para o ano possa acontecer, mas ainda não falamos sobre isso”, vinca Gonçalo Madaíl. Porém, o diretor da RTP Memória, subdiretor da RTP1 e Inovação lembra que “até julho ficará gravado todo um ano letivo de ensino básico e secundário”, que arrancou este ano num canal ainda vago na TDT e no cabo. “Enquanto os planos curriculares não forem alterados, não fará sentido voltar a fazer de novo o que já está feito e que poderá ser consultado nas plataformas da RTP”, justifica.

Ora, o regresso das aulas à televisão aconteceu devido à urgência de encerramento de escolas para controlar a pandemia provocada pela covid-19. Uma emergência que teve um custo de 1,1 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, segundo as contas da estação pública apresentadas no Plano de Atividades Orçamento para 2021.

Gonçalo Madaíl não revela, para já, as contas finais do ano, com a chegada de mais um canal para ensino secundário, mas adianta que os valores finais podem não ser muito distintos porque os custos de produção e distribuição acabam por mais elevados no início do processo.

Se o terceiro período do ano passado de #estudoemcasa totalizou aos 900 mil espetadores, certo é que a RTP Memória acabou por fechar 2020 com menor audiência média, menos uma décima percentual, do que em 2019 (09%). “O #estudoemcasa foi positivo e negativo para o canal. Por um lado, o primeiro confinamento trouxe uma taxa brutal de atenção, muito auditório e não só alunos, por outro, introduziu alterações longas na linha de programação do canal.

Apesar das quebras e do eventual fim do #estudoemcasa nas emissões da estação pública, Gonçalo Madaíl crê que se encontrou talento.

Sem avançar nomes, refere: “Não escondo que não me importava de ficar com quatro ou cinco professores que seriam ótimos apresentadores de televisão. Esta não é a profissão, mas revelaram ter enorme talento”, afirma.