Fofocas sempre existiram e continuarão a existir, mas será que trazem vantagens emocionais e psíquicas? A resposta é: sim.
Apesar da sua conotação negativa a fofoca pode estar associada a compaixão, empatia e perceção de sofrimento. Esta é ainda uma forma de expressar emoções e uma maneira de “desabafar” como reação emocional. Quem o avança é Kathryn Waddington, professora de psicologia da Universidade de Westminster, citada pelo site The Conversation.
Segundo a especialista, a fofoca pode ser também uma expressão de preocupação com o comportamento antiético ou não profissional, por exemplo.
De notar, porém, que tal não significa que toda a fofoca é boa, se esta prejudicar a reputação de pessoas ou organizações pode ser nociva e encarada como bullying.
Apesar de o ato de fofocar estar mais associado à imagem da mulher, o facto é que pesquisas mostram que também os homens o fazem. Este tipo de comportamento existe desde a origem da linguagem e o psicólogo evolutivo Robin Dunbar afirma que tal também se aplica a este tipo de comportamento.
Esta é uma forma possível de passar informação e de coesão social. Torna-se ainda relevante lembrar que, até à época da caça às bruxas europeias, século XVI ao XVIII, não existia uma conotação negativa ligada ao termo fofocar. Porém, a denúncia enganosa e maldosa e a passagem de informação e de factos errados conduziram aquele comportamento social a uma perseguição feminina irreparável, levando à morte injusta de milhares de mulheres acusadas de feitiçaria e bruxaria.