A Galp publicou esta sexta-feira, 27 de setembro, o plano para a igualdade de género, a implementar em 2020, que inclui medidas como a possibilidade de substituição temporária de trabalhadores em gozo de licença de parentalidade e a realização de ações de formação.
“Tendo presente a importância da igualdade de género […], a Galp apresenta o seu plano para a igualdade para 2020, tendente a alcançar uma efetiva igualdade de tratamento e de oportunidades entre mulheres e homens, promovendo a eliminação da discriminação em função do sexo e fomentando a conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Entre as medidas estipuladas pela petrolífera encontram-se a desagregação de todos os dados por sexo nos instrumentos de gestão da empresa, a implementação de um procedimento de verificação do respeito pelo princípio da igualdade entre mulheres e homens, bem como a realização de ações de formação para os responsáveis pelas entrevistas de recrutamento sobre os procedimentos de seleção “sem enviesamento de género”.
A Galp quer também dar orientações às entidades externas especializadas em seleção e recrutamento para garantirem uma representação de 50% de cada um dos sexos nas candidaturas à empresa e integrar nas ações de formação em liderança temas como a linguagem inclusiva, proteção na parentalidade, conciliação da vida profissional, pessoal e familiar e assédio moral e sexual no trabalho.
Nas medidas consta também a criação de um procedimento de identificação das pessoas do “sexo sub-representado em lugares de topo, direção e chefia, para que possam, futuramente, ter oportunidade de serem promovidas ou recrutadas para esses lugares”, a organização de sessões de apoio para alcançar uma participação equilibrada de mulheres e homens nos lugares de decisão e analisar o modelo de avaliação de modo a garantir que “exclui qualquer discriminação baseada no sexo”.
Por último, a petrolífera pretende criar o ‘Kit de Parentalidade’, com informação sobre seguros, registos, direitos e deveres, facilitar o trabalho a partir de casa e um horário flexível, “quando necessário à conciliação da vida profissional/pessoal” e introduzir a possibilidade de “substituição temporária de colaboradores em gozo de licenças de parentalidade, através de procedimentos que assegurem essa substituição”.
De acordo com a informação remetida ao mercado, a direção de pessoas da Galp, com o suporte do grupo de trabalho interno, ficará responsável pela monitorização e implementação do plano, “verificando se as medidas definidas estão a ser postas em prática e se os objetivos estão a ser alcançados, devendo apresentar à Comissão Executiva um relatório trimestral”.
A elaboração de planos para a igualdade está prevista na lei que definiu as quotas de géneros nas administrações das empresas públicas e das cotadas em bolsa, que entrou em vigor em agosto de 2017.
Já em junho deste ano, o Governo publicou um despacho normativo no qual estabelece que os planos para a igualdade relativos a cada ano devem ser comunicados anualmente até 15 de setembro do ano anterior a que dizem respeito.
LUSA
Menos de metade das empresas em Bolsa apresentou planos de igualdade