Ginasta Filipa Martins nos Olímpicos de Paris. “Estou bastante contente com a minha prestação, com o meu percurso”

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[Fotografia: KENZO TRIBOUILLARD / AFP]

A ginasta portuguesa Filipa Martins foi apurada para os seus terceiros Jogos Olímpicos, o que considera ser “muito gratificante”. “Acho que a ginástica tem vindo a evoluir nos últimos anos e a ter bastante bons resultados”, comentou a ginasta em declarações à Lusa, um dia depois do apuramento para Paris2024, que teve lugar a 2 de outubro.

Filipa Martins prepara-se para disputar os seus terceiros Jogos Olímpicos, depois do Rio de Janeiro2016 (37.ª) e Tóquio2020 (43.ª), igualando a participação já longínqua de Esbela da Fonseca, que esteve nos Jogos de 1960, 1964 e 1968.

“É uma modalidade que é pouco visível no país, acho que é um bocadinho também cultural isso, e acabamos por não ter tanta visibilidade quanto se calhar gostaríamos e mesmo assim conseguimos continuar a crescer e a ter ótimos resultados, por isso, claro que é ótimo, em tempos difíceis ainda melhor, por isso, pessoalmente, estou bastante contente também com a minha prestação, com o meu percurso”, referiu a ginasta.

Além de Filipa Martins e de Esbela da Fonseca, também Ana Rente, mas na ginastica de trampolins, conta com três participações olímpicas, em Pequim2008, em Londres2012 e no Rio2016.

Na segunda-feira, Filipa Martins garantiu em Antuérpia a qualificação olímpica e a sua quarta presença na final de um Mundial, competição em que, globalmente, faz a sua oitava participação.

A ginasta do Acro Clube da Maia foi 27.ª no ‘all around’ (51.965 pontos), conseguindo uma das 14 vagas individuais para Paris2024 e a ida à final da competição, que decorrerá na sexta-feira.

Filipa Martins, de 27 anos, obteve 13.166 pontos nos saltos, 13.333 nas paralelas assimétricas, 12.633 na trave e 12.833 em solo.

“Há sempre a possibilidade de subir nos lugares, mas o nosso principal objetivo desta competição era apurar para os Jogos e conseguimos a final também. Por isso, estamos mais que satisfeitos e agora o que vier de melhor será sempre bem-vindo”, assumiu a ginasta.

Para trás fica uma qualificação que Filipa Martins assume ter corrido melhor do que poderia esperar. “Eu acho que foi fácil, porque eu tive menos problemas físicos, consegui treinar melhor, então daí sentir-me mais bem preparada para competir bem. Mais fácil nesse sentido, porque esta competição é sempre muito competitiva, principalmente porque tem poucas vagas para países individuais, para apuramento para os Jogos Olímpicos, por isso, o apuramento era difícil, mas para mim senti mais fácil, porque consegui treinar e preparar-me melhor para estar aqui bem”, admitiu.

LUSA