Israel entrega vacinas russas em troca de libertação de mulher na Síria

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[Fotografia: DR]

Israel pagou quase um milhão de euros à Rússia para entregar vacinas contra a covid-19 ao Governo Sírio, como parte de um acordo para a libertação de uma mulher israelita mantida em cativeiro em Damasco.

A informação foi avançada por alguns media de Israel no domingo, 21 de fevereiro, e citada pela agência de notícias Associated Press (AP). As notícias dão conta de um acordo clandestino orquestrado pela Rússia que junta duas nações inimigas – Israel e Síria – e envolve o pagamento de 1,2 milhões de dólares (quase um milhão de euros). A moeda de troca é agora a vacina Sputnik V.

Sabe-se que Israel recusou fornecer quantidades significativas de vacinas aos palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, mas está a garantir vacinas à Síria, país inimigo que hospeda forças hostis iranianas, o que levou a fortes críticas internas. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, garantiu no sábado que “nem uma vacina de Israel” estava envolvida no acordo.

No entanto, não referiu se Israel tinha pago por vacinas russas Sputnik V, insistindo apenas que a Rússia tinha pedido para manter os detalhes do acordo secretos.

Lusa