Joana Ribeiro integra “Glória”, a estreia nacional na Netflix: “Quis logo fazer”

JOana Ribeiro DR
[Fotografia: Divulgação]

Um dia histórico na ficção portuguesa. Pela primeira vez, uma série nacional estreia-se na Netflix e Glória prepara-se para abrir o caminho a novas produções lusas, numa transmissão para os quase 200 países abrangidos pela plataforma de streaming.

A ação passa-se na RARET, um centro de transmissões norte-americano localizado na vila de Glória do Ribatejo e através do qual é emitida propaganda oficial para o Bloco de Leste durante a Guerra Fria. Um espião do KGB vai tentar sabotar a operação americana e enquanto passa informações ao Estado Novo.

A série foi toda gravada durante a pandemia e os “castings” aos atores chegaram mesmo a ser feitos por telemóvel. Afonso Pimentel, um dos protagonistas, contou que se “refugiou” na casa-árvore que construiu para os filhos no meio do campo.

Joana Ribeiro, uma das intérpretes, conta como o processo começou, ainda na fase aguda da pandemia. “Estávamos todos nesta situação de pandemia e não sabíamos nem como a indústria de televisão ia reagir, nem quando voltaríamos a trabalhar”, começa por referir.

“No meu caso queria muito trabalhar com o realizador Tiago Guedes e quando soube que ia haver uma série produzida pela Netflix portuguesa quis logo fazer. O papel da Ursula deixou-me muito contente, porque, até esta altura, com a covid-19, não sabia mesmo como o futuro ia ser…”

“Há maiores possibilidades de trabalho, não só para atores como para a equipa técnica. Temos profissionais muito bons mas, infelizmente, há poucas oportunidades e poucos projetos a serem feitos. Ter outra força a entrar e a promover o trabalho em Portugal é sempre bom e a possibilidade de internacionalização, então, é sempre positiva!”, acrescenta Joana Ribeiro.

 

“Sem fazer spoiler, a minha personagem é polaca e é tradutora… e trai o marido”, brinca Joana Ribeiro, em jeito de conclusão.