
Assumindo-se como alguém que “gosta de surpreender e não fazer mais do mesmo”, Luís Borges encheu a ModaLisboa, este domingo, 12 de março, com muita cor, diversidade, pérolas grandes, acrílicos e muita ganga. Big bang, o tema da sua nova coleção de outono/inverno, retrata essa mesma explosão.
Sobre continuar a adotar esta tendência nas próximas coleções, o também modelo garante: “Enquanto der, vou continuar a ter manequins negros, porque quando comecei eram poucos os que havia e na ModaLisboa não existiam quase nenhuns. Hoje em dia, graças ao Luís Pereira – que já tem muitos anos e também fez o casting comigo – há muitos e acho que é muito importante continuar a ver esta realidade na passerelle.”
Quero que as pessoas possam ver “olha os acessórios do Luís Borges dão para usar com Ganga” e que sintam “olha dá para ir para a praia com isto”. Quero que percebam que se pode usar em todo o lugar.” Já no que toca aos acessórios, assume que foi também a pensar no campo de visão de quem assistia ao desfile. “Apliquei os acrílicos e as pérolas exageradas, porque quando comecei a marca tinha os colares fininhos de pérolas e toda a gente gostou, mas, hoje em dia, quando me fizeram o convite para fazer ModaLisboa, percebi que as minhas peças tinham de ser exageradas, porque numa passerelle um colar fininho quase não se vê. Além disso, são uma tendência e era algo que já queria fazer antes”, detalha.
A par do habitual desfile de roupa e acessórios, o último dia da semana de moda de Lisboa também ficou marcado por performances. O desfile arrancou com a exibição de Eubrite, uma das figuras mais conhecidas da Baixa Chiado, que entrou na passerelle de patins ao som do tema Boss Bitch de Doja Cat, com a palavra Gorgeous escrita em azul no cabelo, deixando a multidão em furor.
Também a cantora Nenny, que esteve presente junto de bailarinos, não deixou ninguém indiferente com sua a atuação. “A Call Me Gorgeous não faz um desfile, faz um espetáculo. Fazer um desfile de acessórios é muito difícil, porque é preciso pensar muito para se conseguir que os acessórios se destaquem devido à roupa”, afirmou.
“A Nenny veio de uma ideia antiga que tinha. É uma artista fantástica, tem 20 anos e faz parte da nova geração que vai crescer imenso. Adoro as músicas dela, a vibe e acho que fazia sentido estar no desfile. Acho que se viu o power dela a cantar na atuação.” A estas personalidades, juntam-se também nomes conhecidos do público que marcaram presença enquanto manequins como a futebolista Jéssica Silva e o irmão Ivandro, Ana Marta, de 64 anos, que fez a primeira ModaLisboa e icons da comunidade LGBT+: Cyber Tokyo, Lexa Black e Lola Herself.