A filha de Jess Sherwood tinha poucos meses de vida quando a mãe começou a desconfiar de que algo de errado se passava. Ao mau humor e problemas nos intestinos, que se tornaram habituais, juntaram-se as olheiras profundas, levando muitas pessoas a perguntar se a bebé não dormia. Estes sinais alarmantes fizeram com que a norte-americana associasse o estado da criança às intolerâncias alimentares do pai.
Após seguir as restrições do marido e cortar por completo o leite e o glúten da alimentação da bebé, as melhorias foram significativas, mas as mudanças drásticas de humor e olheiras permaneceram. Jess Sherwood falou com vários amigos e profissionais de saúde e ficou a saber que todos estes sintomas costumam estar associados a alergias. Um simples exame veio confirmar que o cenário era pior do que isso: a criança tem Síndrome do Intestino Permeável, uma doença que a obriga a manter-se longe de açúcar e alimentos processados (percorra a galeria de imagens acima para ver a lista completa de alimentos que a menina de 5 anos não pode comer).
“Foi realmente difícil, mas até os professores no infantário comentaram que ela estava muito mais calma e feliz. Esta foi a única prova de que precisava para me convencer de que todos aqueles sintomas não eram apenas uma fase pela qual ela estava a passar. As melhorias foram suficientes para todos nos convencermos de que a sua dieta foi incrivelmente importante para a sua saúde e bem-estar emocional”, explicou Jess Sherwood ao site Delish, dedicado à alimentação.
Esta mãe norte-americana sentiu necessidade de vir contar a história da filha para os órgãos de comunicação social depois de ser criticada pelos professores e pais dos colegas da criança pela forma como lhe restringiu a alimentação. Além do leite, glúten açúcar e alimentos processados, a menina de 5 anos também não pode comer ovos, bananas, framboesas, abóbora, cânhamo, malte ou trigo e tem de limitar o consumo de carne vermelha.
“Antes de criticarem e dizerem que a dieta é muito radical têm de saber que aprendi da forma mais difícil e que quando não controlo o que a minha filha come, ela sofre. E não importa os sacrifícios que temos feito, vale muito a pena. Em casa tento fazer as refeições de que ela tanto gosta, ajustando-as à sua dieta. Ela adora comer quinoa e brócolos, por exemplo. Dois alimentos em que a maioria das crianças não toca”, desabafou a mãe.
Em dias de aulas e festas de aniversário, a criança leva sempre de casa comida feita pela mãe. “Faço sempre os almoços para ela levar para a escola e quando há festas de aniversário ela sabe que só tem de ignorar a comida ou pedir-me para lhe enviar algo que possa comer nessas ocasiões. Apesar de os professores dela estarem totalmente a par da situação, às vezes esquecem-se. No outro dia fizeram smoothies de banana numa aula. Depois pediram-me desculpa, mas o mal já estava feito”, acrescentou Jess Sherwood.
