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2017: o ano do feminino

Percorra a galeria de imagens e veja os acontecimentos marcantes de 2017 e que tiveram as mulheres como protagonistas. [Fotografia: Shutterstock]
Em janeiro, as mulheres realizaram a primeira grande manifestação, e uma das maiores até à data, contra a administração de Donald Trump, as suas políticas e a sua postura para com o sexo feminino. O movimento Women's March foi convocado para Washington, mas alastrou a várias cidades dos EUA e do mundo. [REUTERS/Shannon Stapleton]
Em fevereiro, a Conselheira sénior de Donald Trump, Kellyanne Conway, protagonizou uma das imagens do ano,e considerada desrespeitosa por muitos. Na Sala Oval da Casa Branca a conselheira sentou-se de forma informal no sofá, enquanto eram recebidas várias personalidades de universidades e faculdades históricas da comunidade afro-americana. {Fotografia: REUTERS/Jonathan Ernst]
Também as manifestações deste ano do Dia Internacional da Mulher, a 8 de março, tiveram uma abrangência global e motivos comuns: direitos e salários iguais e direito à segurança e à não violência. [REUTERS/Rafael Marchante]
Nos Estados Unidos várias mulheres foram detidas, nas manifestações do 'Day Without a Woman', no Dia Internacional da Mulher. [Fotografia: REUTERS/Lucas Jackson]
Marine Le Pen foi a grande derrotada das eleições presidenciais francesas. Em maio, a líder da Frente Nacional perdeu para Emmanuel Macron, mas a sua passagem à segunda volta fez soar os sinais de alarme na Europa. [Fotografia: REUTERS/Pascal Rossignol]
Em maio, um atentado no concerto da artista Ariana Grande, em Manchester, Inglaterra, matou 22 pessoas e feriu 60. No espetáculo estavam vários adolescentes e crianças. Paula Robinson, uma mulher de 48 anos, foi uma das heroínas no meio da tragédia, ajudando 50 adolescentes a refugiarem -se num hotel.[Fotografia: Reuters]
Um mês depois, em junho, Theresa May foi eleita primeira-ministra do Reino Unido. É a ela que tem cabido encabeçar as duras negociações de saída do país da União Europeia, depois da vitória do Brexit, no referendo de 2016. Um trabalho que não se tem revelado e que tem gerado críticas, internas e externas, à sua liderança. [Fotografia: Reuters]
Junho foi também o mês em que Portugal aprovou a lei das quotas na administração pública e empresas públicas e cotadas em bolsa. A proposta de lei prevê que, nas empresas do setor público exista uma proporção de pelo menos um terço de mulheres nos órgãos de administração e de fiscalização, a partir de 01 de janeiro de 2018. Nas empresas cotadas em bolsa, essa proporção tem de ser de 20% a partir de 2018, e de um terço (33,3%) a partir de janeiro de 2020. [Fotografia: Shutterstock]
Em agosto, Madonna decidiu mudar-se para Lisboa. A cantora foi mais uma das celebridades internacionais a decidir fazer da capital portuguesa a sua cidade. Agora só falta mesmo encontrar a casa. Hospedada no Hotel Pestana, em Alcântara, com os filhos adotivos, Madonna continua a procurar uma morada mais definitiva na capital portuguesa. [Fotografia: Reuters/Siphiwe Sibeko]
No final de setembro, o furacão Maria arrasou Porto Rico. Carmen Yulin Cruz, a Mayor of San Juan, capital da ilha administrada pelos Estados Unidos, destacou-se pela forma como acompanhou os trabalhos de recuperação junto da população e pelas críticas aos atrasos da administração americana na resolução da situação. [REUTERS/Carlos Barria]
Dos furacões para as passerelles, setembro foi também o mês que viu regressar aos desfiles as ex-top models dos anos 90. Carla Bruni, Claudia Schiffer, Naomi Campbell, Cindy Crawford e Helena Christensen vestiram as criações de Gianni Versace, durante a apresentação da coleção da Versace primavera/verão em 2018 na Milan Fashion Week, em Milão. [Fotografias: REUTERS/Stefano Rellandini]
Outra cantora que continuou a dar que falar em 2017 foi Beyoncé. A artista foi mãe de gémeos e ao mesmo tempo conseguiu subir na lista das mulheres mais ricas do mundo, liderando o raking da revista Forbes. [Fotografia: REUTERS/Lucy Nicholson] HP1ED2D05NWO7
A forma como Donald Trump tem conduzido a política interna e externa dos Estados Unidos tem-lhe valido críticas ferozes e posto em causa o apoio dos países aliados, como a Alemanha. A potência europeia continua a ser liderada por Angela Merkel, a quem Obama também passou o testemunho de líder do mundo livre. No lado americano, é Ivanka Trump, filha do presidente, quem colmata muitas vezes a falta de diplomacia e tato político apontados ao pai, representando o país em encontros oficias ou no distanciamento dos atos cometidos pelos supremacistas em Charlottesville. [Fotografia: REUTERS/Hannibal Hanschke]
Em Portugal, as catástrofes deste ano tiveram um rosto feminino. Enquanto Administração Interna, Constanca Urbano de Sousa teve de assumir a responsabilidade pela morte de 101 pessoas nos fogos florestais de junho e de outubro. Constança Urbano de Sousa esteve sob contestação todo o verão, mas foram os incêndios de outono que determinaram a sua demissão. [Fotografia: REUTERS/Pedro Nunes]
Uma das imagens do ano para a Agência Reuters foi a das estudantes afegãs de arte marciais do Shaolin Wushu club a mostrarem as suas capacidades no topo das montanhas de Cabul, no Afeganistão. [Fotografia: REUTERS/Mohammad Ismail]
Hillary Clinton saiu derrotada das eleições americanas que elegeram Donald Trump. Depois de um afastamento da vida pública, regressou com o livro 'What Happened', onde explica o que correu mal na campanha e onde não poupa críticas ao novo presidente. Hillary celebrou este ano o seu 70º. aniversário e não tenciona afastar-se da política para já. [Fotografia: REUTERS/Kamil Krzaczynski]
As perseguições e os crimes contra a minoria rohingya em Myanmar provocaram mais de 600 mil refugiados e centenas de mortos. As mulheres e as crianças são vítimas preferenciais de uma perseguição onde a violação é usada como arma. Um número incalculável de mulheres e meninas rohingya foram abusadas, denuncia a organização Human Rights Watch. [REUTERS/Hannah McKay]
Em outubro, a líder do CDS, Assunção Cristas não conquistou Lisboa para o seu partido, nas eleições autárquicas, mas deu aos centristas um resultado histórico: 21%. Na política nacional, Cristas consolidou o seu protagonismo na oposição, ultrapassando muitas vezes o do antigo primeiro-ministro, Passos Coelho, presidente do PSD. [Fotografia: Rui Oliveira / Global Imagens]
A 1 de agosto entrou em vigor, em Portugal, a gestação de substituição, que permite a mulheres com situação clínica comprovada que impeça a sua gravidez recorrer a uma gestante de substituição. Em setembro foi aprovado o primeiro pedido. A primeira mulher em Portugal a emprestar, legalmente, o seu útero será uma avó. [Fotografia: Shutterstock]
Rose McGowan foi apenas a primeira figura conhecida a denunciar publicamente que foi assediada e abusada sexualmente por Harvey Weinstein. A partir daí a lista nunca mais parou, com dezenas de atrizes a partilharem as suas experiências de assédio com o produtor. Seguiram-se outros acusados do atos semelhantes, como Kevin Spacey ou Louis CK. [Fotografia: REUTERS/Rebecca]
Sara Sampaio passou por Portugal em Novembro para participar na Web Summit, em Lisboa. O discurso da modelo foi um dos mais poderosos do evento e focou o tema do assédio e da pressão que sofrem as manequins no mundo da moda. [Fotografias: REUTERS/Brendan McDermid]
Hope Solo também esteve na Web Summit e também falou de assédio. Em entrevista ao jornal português 'Expresso' acusou o antigo presidente da FIFA, Joseph Blatter de a ter apalpado numa entrega de prémios. [Fotografia: Jennifer Buchanan-USA TODAY Sports, via Reuters]
Um caso de violação, ocorrido no verão de 2016 nas festas de San Fermin, está a agitar o final deste 2017, em Espanha. Cinco homens são acusados de terem violado uma jovem de 19 anos. Os elementos do grupo, que se auto intitula de 'La Manada', declaram-se inocentes e arriscam-se a uma pena superior a 20 anos. [Fotografia: REUTERS/Susana Vera]
O final de 2017 tem gerado a revolta e o protesto das mulheres no Brasil. Em causa está a discussão da lei PEC181 que pode tornar ilegal o aborto. A possibilidade de restrições à interrupção da gravidez em qualquer circunstância já levou a ONU a manifestar a sua preocupação com a eventual aprovação da lei. [Fotografia: REUTERS/Ricardo Moraes]
Quem também deu nas vistas na Web Summit foi Sophia, a primeira robô com cidadania atribuída, pela Arábia Saudita. Com mais direitos do que muitas mulheres desse país, Sophia avisou os humanos que os robôs lhes vão ficar com os empregos e, mais recentemente, afirmou que, tal, como muitas mulheres de carne e osso, quer formar uma família e ter filhos. [REUTERS/Denis Balibouse]
A 25 de novembro várias cidades assinalaram o Dia Internacional da Eliminação contra Violência sobre as Mulheres. Em 2017 morreram 18 mulheres vítimas de violência, em Portugal. [REUTERS/Henry Romero]
Além dos números de vítimas, as sentenças favoráveis aos acusados de violência doméstica, em detrimento das vítimas, continuou a ser motivo de revolta no país. As decisões dos tribunais levaram dezenas de mulheres às ruas de várias cidades portuguesas e a um protesto generalizado na sociedade civil. [Fotografia: Filipe Amorim/Global Imagens]
A realeza britânica prepara-se para ter uma nova protagonista. Meghan Markle ficou noiva do príncipe no final deste ano e promete abanar o protocolo e os costumes da família real. É americana, de origem africana, atriz, divorciada e teve uma educação católica. [Fotografia: Reuters]
Os escândalos sexuais de Hollywood, trouxeram outros para a ribalta e fizeram da campanha #metoo um movimento global contra o assédio sexual, de tal forma que foi distinguido como Personalidade do Ano de 2017, pela revista Time. [Fotografia: DR]

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As mulheres foram as personagens centrais do ano de 2017, que foi forte em mudanças sociais e políticas. As mulheres foram protagonistas de algumas, motores de mudança de outras. Foram lutando contra retrocessos, por mais direitos e igualdade, continuaram a ser maioria nas estatísticas das vítimas de violência, em todo o mundo e a dar o corpo aos vários manifestos nas ruas.

Em Portugal, destacam-se conquistas como a aprovação das lei das quotas de representação de mulheres na administrações do Estado e nas empresas cotadas em bolsa, ou da gestação de substituição. Mas continuam por praticar a igualdade salarial, conciliar os tempos do trabalho com os da família e erradicar a violência. 18 mulheres assassinadas em Portugal é o saldo de 2017.

Este foi também o ano em que o assédio sexual saiu da penumbra e ganhou rostos. Mas há muito mais para rever. Na fotogaleria, em cima, passamos em revista o ano de 2017, numa perspetiva feminina dos acontecimentos e das protagonistas, nacionais e internacionais.