A atriz e modelo foi vítima de uma divulgação não consentida de imagens online e que alegadamente serão adulteradas. Uma das fotos captadas aos 15 anos terá sido inclusivamente adulterada, aposta num corpo despido, e tem vindo a circular na internet.
Esta quarta-feira, 23 de março, dias depois de a divulgação ser revelada, Margarida Corceiro, namorada do futebolista João Félix, revela que os dias têm sido difíceis, quebra o silêncio numa longa mensagem que publicou na sua conta de Instagram e espera que o seu caso “sirva de ponto final para outros”.
Ver esta publicação no Instagram
“Imaginem sair à rua e terem a sensação de que estão todos a olhar”, escreveu. E vincou: “O meu telefone parou e eu parei com ele. Mesmo estando habituada a ter o meu nome a ‘concurso’ e dezenas de mentiras diárias a circular sobre mim – algumas até me fazem rir muito – desta vez não deu para rir.”
“Quero que imaginem, que calcem os meus sapatos – meus e de todas as pessoas a quem isto já aconteceu. Imaginem estar tranquilos na vossa casa ou no vosso trabalho e encontrarem uma imagem, que dizem ser vossa, a circular pela Internet. Milhões de comentários especulativos, milhares de mensagens, telefonemas sem parar e, o mais difícil, verem todos os vossos amigos e família a terem de lidar com tudo o que vai saindo sobre vocês, sem poderem fazer nada”, denuncia Margarida Corceiro.
“Mais uma vez uma mulher é vítima de um crime machista e o foco está nela. Mas hoje vamos mudar o desfecho das coisas”, prometeu o jogador do Atlético de Madrid João Félix na terça-feira, 22 de março, vindo a terreiro condenar o crime. O criminoso que partilhou as fotografias da sua ex-namorada sem o seu consentimento, quando ela tinha 15 anos foi: ****”
Margarida Corceiro não é caso único num tipo de crime cada vez mais frequente. Têm até existido campanhas recentes para alertar para este risco e mesmo iniciativas legislativas para enquadrar criminalmente comportamentos desta natureza quer em Portugal, como crime público, quer noutras regiões do mundo. Nos Estados Unidos da América, na Flórida, a senadora Lauren Book lida há dois anos com situação semelhante e luta para que o clausulado seja legislado e aplicado a quem divulga de forma não consentida imagens íntimas reais ou adulteradas.
Ao delas.pt, até ao momento, não foi possível obter dados do volume de queixas que têm vindo a ser apresentadas em 2021 e 2022 na GNR e tendo por base este tipo de crime.
