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Miomas uterinos: novos tratamentos mais baratos evitam cirurgia

Percorra a galeria de imagens para conhecer as várias formas de tratamento dos miomas uterinos
Histerectomia: sendo o procedimento que, com maior eficácia, trata os sintomas relacionados com os miomas uterinos, é também um procedimento cirúrgico que se associa a um período de recuperação mais longo, a custos elevados e a uma taxa de complicações significativa
Embolização das artérias uterinas: técnica não invasiva que consiste na interrupção da circulação sanguínea que irriga o fibromioma, atenuando ou eliminando os sintomas em cerca de 90%
Miólise: os miomas são destruídos com aplicação de energia orientada, existindo trabalhos de ablação de miomas com laser, micro-ondas, radiofrequência, crioterapia e foco de ultrassons
Foco de ultrassons: usa um foco de alta densidade de ultrassons, transabdominal, que convergem para o mioma, guiado por ressonância magnética ou por ecografia
Oclusão da artéria uterina por via vaginal: os resultados são preliminares, mas pode ser uma alternativa não invasiva no tratamento dos miomas
Laqueação das artérias uterinas por via laparoscópica: é uma alternativa possível, mas é menos eficaz a longo prazo do que a embolização das artérias uterinas

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Os miomas uterinos, tumores benignos comuns do trato genital feminino, afetam cerca de dois milhões de mulheres portuguesas. Para se verem livres deste problema, a maioria delas recorre à histerectomia, o tratamento cirúrgico mais utilizado em ginecologia que consiste na remoção do útero e leva a um período de recuperação longo, custos elevados e a uma série de outras complicações.

Para dar a estas mulheres opções mais económicas e menos dolorosas, a Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) apresentou este sábado, 3 de junho, vários progressos para o tratamento de miomas uterinos no 21º Congresso de Obstetrícia e Ginecologia. Entre essas soluções alternativas estão a miólise, foco ultrassons, oclusão da artéria uterina por via vaginal e laqueação das artérias uterinas por via laparoscópica (pode saber mais sobre cada um destes tratamentos na galeria de imagens acima).

Ao submeter-se à cirurgia, a mulher deixava de poder ser mãe. Com estes tratamentos alternativos, na maioria dos casos não será necessário recorrer a uma solução tão drástica.

“Os fatores de tratamento prendem-se agora com o facto de a mulher estar em idade reprodutiva com desejo de engravidar, estar fora da idade de reprodução ou não ter o desejo de ser mãe. A partir daqui são-lhes apresentadas as opções mais viáveis para cada caso”, explicou Fernanda Águas, presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia.

Procurar soluções para o problema da baixa natalidade

Em Portugal continua a haver mais gente a morrer do que a nascer. Para encontrar soluções para o problema da natalidade reduzida estão reunidos em Coimbra até domingo, 4 de junho, especialistas de todo o país das áreas da ginecologia e obstetrícia a discutir os desafios da saúde da mulher em Portugal. Daí o esclarecimento sobre as novas formas de tratamento dos miomas uterinos, alternativas à histerectomia, ser tão relevante.

“O Governo tem responsabilidade de criar mais-valias económicas para que isto aconteça, mas a comunidade médica também tem responsabilidade de encontrar soluções para que os casais e as mulheres se sintam bem acompanhados”, acrescentou Daniel Pereira da Silva, presidente da Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e de Ginecologia.


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