Morreu Margarida Tengarrinha. Artista, escritora e resistente antifascista tinha 95 anos

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Margarida Tengarrinha [Fotografia: André Vidigal / Global Imagens]

Escritora, artista, professora, revolucionária, deputada da Assembleia da república e Dirigente do Partido Comunista, Margarida Tengarrinha lutou contra o regime fascista. Nasceu em Portimão a 7 de maio de 1928 e morreu esta quinta-feira, 26 de outubro, aos 95 anos.

O contacto com a atividade política começou aquando da formação em Belas Artes, aos 20 anos, onde era coordenadora dos alunos no Movimento de Unidade Democrática (MUD) juvenil.

Fruto da resistência, foi forçada pela ditadura a deixar as suas funções e a viver na clandestinidade com o companheiro José Dias Coelho. Sem dinheiro disponível, Margarida Tengarrinha chegou a escrever para a revista Modas e Bordados, de Maria Lamas, sob pseudónimo.

Margarida Tengarrinha, uma das vozes da clandestinidade. Nos 25 anos do 25 de Abril relatou os tempos passados em ditadura [Fotografia: MANUEL MOURA/LUSA]
O marido foi assassinado pela PIDE, em 1961, nas vésperas do Natal, mas Margarida só veio a saber dias depois. Um momento trágico que a levou a sair da clandestinidade e a rumar à União Soviética no início doa anos 60 do século passado onde trabalhou diretamente com Álvaro Cunhal.

[em atualização]