Morreu Sara Tavares. Catarina, Cristina e as celebridades que lhe prestam uma última homenagem

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[Fotografia: Gustavo Bom / Arquivo Global Imagens ]

Foi pela mão de Catarina Furtado, na condução de Chuva de Estrelas, em 1994, que Sara Tavares, aos sagrar-se campeã do formato da SIC, se tornou um nome incontornável da música portuguesa.

Na noite de domingo, 19 de novembro, quando ficou a saber-se do desaparecimento tão prematuro da artista, a apresentadora da RTP não conseguiu esconder as lágrimas resultantes desta perda da cultura nacional e internacional. Num post de Instagram, Catarina Furtado disse não ter palavras. “A Sara. Tão única. Tão completa. Tão cedo… As lágrimas que me correm são de um amor eterno. Ouçam-na. A sua música. As suas palavras. A sua doçura. Guardem o seu mistério. Para sempre, Sara”.

 

[Fotografia: Instagram/Catarina Furtado]

No formato de domingo à noite, os jurados António Zambujo, Sónia Tavares, Fernando Daniel e Sara Correia de The Voice juntaram-se para interpretar o tema do Festival da Canção que Sara Tavares interpretou e imortalizou: Chamar a Música.

 

[Fotografia: Instagram/The Voice]

Também Cristina Ferreira, em direto na TVI no reality show Big Brother, homenageou o “ponto de luz” que morreu vítima de um tumor cerebral, com apenas 45 anos, e com o qual lutava desde 2011. “Não faz sentido começar o programa de hoje sem falar de um ponto de luz, que se tornou de todos família no momento em que a começámos a ver em televisão. Partiu hoje uma das artistas mais acarinhadas por todos nós. Ela era de facto um ponto de luz e por isso mesmo, a televisão tem este dever de a aplaudir como devem ser aplaudidos todos os artistas. Um beijinho, Sara. Boa viagem”, afirmou a apresentadora e a diretora de ficção e entretenimento da TVI.

[Fotografia: Instagram/Cristina Ferreira]

A partir da SIC, Daniel Oliveira, diretor de Programas, usou palavras semelhantes para prestar uma última homenagem, legendado a imagem de Instagram – uma entrevista no Alta Definição – com “um ponto de luz, a Sara”.

 

[Fotografia: Instagram/ Daniel Oliveira]

Capicua, Teresa Guilherme, Alexandra Lencastre, Áurea e Fátima Lopes lamentaram a “perda prematura” da cantora natural de Almada e que trilhou um percurso na música aquém e além-fronteiras.

 

[Fotografia: Instagram/Capicua]
[Fotografia: Instagram/ Fátima Lopes]
 

Vários artistas angolanos e outras figuras ligadas à cultura manifestaram comoção pela morte da cantora portuguesa, de origem cabo-verdiana. As homenagens a Sara Tavares foram expressas por cantores angolanos nas suas contas das redes sociais, entre os quais Paulo Flores, Yola Semedo, Yuri da Cunha, Alselmo Ralph, C4 Pedro, Ary, Pérola, Eva Rap Diva, mas também outras pessoas ligadas à cultura, como o humorista Gilmário Vemba e o escritor Agualusa.

[Fotografia: Instagram/ Anselmo Ralph]

A Associação Caboverdeana (ACV) em Lisboa manifestou o “mais profundo lamento e tristeza” pela morte numa declaração divulgada esta madrugada na rede social Facebook. A ACV apresentou à família, amigos e admiradores “as mais sentidas condolências e votos de pesar”, sublinhando a “tristeza e consternação” com que a “Nação PALOP” recebeu a notícia que “ninguém esperava ou imaginava”.

Já antes desta nota, o presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, evocou Sara Tavares “como luz que alumia caminho”. “Continuarás connosco, Sara, dizendo coisas bonitas! A tua luz alumiar-nos-á o caminho que ainda nos cabe, nesta terra que transitoriamente nos acolhe”, escreveu o chefe de Estado, na página pessoal da rede social Facebook, despedindo-se com um “até sempre, cara amiga”.

Na esfera política nacional, também as manifestações de pesar se multiplicam. O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa evocou a cantora e destacou-lhe a “vocação, dedicação e determinação”. “Descobrimos Sara Tavares há trinta anos, ainda adolescente, através de um dos concursos de talentos que, nas décadas seguintes, revelariam vários nomes que hoje conhecemos e admiramos. Portuguesa de origem cabo-verdiana, manteve sempre forte ligação aos seus pares, em diversas colaborações e homenagens, e grande proximidade à música e aos músicos africanos”, escreveu em nota divulgada no site da Presidência da República. E prossegue: “Além dos discos que gravou desde 1996, representou Portugal no Festival da Eurovisão e foi nomeada para um Grammy Latino. Tendo interrompido a carreira por motivos de saúde, lançou um novo álbum em 2017 e, já este ano, editou um último single. À família de Sara Tavares manifesto a minha tristeza e o reconhecimento pela sua vocação, dedicação e determinação”.

António Costa, primeiro-ministro em exercício, lamentou, “com profunda tristeza a morte prematura de Sara Tavares”. “A sua estreia, ainda muito jovem, num concurso de talentos, cativa os portugueses, tendo-se revelado uma cantora e compositora com uma linguagem musical própria, na qual se cruzam diferentes geografias sonoras” escreveu António Costa na rede social X (antigo Twitter). Para o primeiro-ministro, Sara Tavares “será sempre lembrada pela sua voz única e pelo seu sorriso”.