Natação. Eis Katie Ledecky, a nadadora que acaba de igualar as marcas de Phelps

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Katie Ledecky [Fotografia: Yuichi YAMAZAKI / AFP]

A nadadora norte-americana Katie Ledecky igualou Michael Phelps ao chegar ao 15.º ouro da carreira em Campeonatos do Mundo de natação, ao vencer os 1.500 livres, e à 24.ª medalha em Mundiais da carreira.

Ledecky continua sem oposição na longa distância e, esta terça-feira, 25 de julho, foi imperial em Fukuoka, com a terceira melhor marca de sempre, 15.16,27 minutos, para chegar ao 15.º ouro que só Phelps também ostenta.

De resto, a norte-americana de 26 anos não perde em Jogos Olímpicos ou Mundiais nesta distância há mais de uma década, com um quinto ouro, e no sábado poderá chegar aos seis títulos de campeã do mundo nos 800 livres, o que constituiria um recorde.

A italiana Simona Quadarella foi segunda classificada, acabando a 17 segundos da vencedora, marca do domínio de Ledecky, com a chinesa Li Bingjie em terceiro, a 19.

De resto, o dia contou com outra vitória significativa para os norte-americanos, quando Ryan Murphy bateu o italiano Thomas Ceccon, campeão dos 50 mariposa à frente de Diogo Ribeiro, nos 100 costas, na qual o transalpino é recordista mundial.

Murphy, favorito também nos 200 metros, nadou a distância em 52,22 segundos, mais rápido do que Ceccon (52,27), segundo, e outro norte-americano, Hunter Armstrong (52,58), terceiro.

Nos 100 metros bruços, a lituana Ruta Meilutyte confirmou o favoritismo ao vencer com 1:04,62 minutos, enquanto a australiana Kaylee McKeown se sagrou campeã do mundo dos 100 costas.

Nos 200 metros livres, os britânicos Matthew Richards, novo campeão mundial, e Tom Dean, Segundo, dominaram a distância, com o sul-coreano Hwang Sunwoo em terceiro, deixando o romeno David Popovici for a do pódio no quarto lugar.

Português Diogo Ribeiro faz história e traz prata em 50 mariposa

O nadador português Diogo Ribeiro é há anos o principal jovem ‘fenómeno’ do desporto nacional e hoje conseguiu, com a medalha de prata nos 50 mariposa no campeonato do Mundo, o que ninguém tinha ainda atingido na modalidade.

Em Fukuoka, no Japão, o jovem de apenas 18 anos ‘rompeu’ a barreira que faltava a Portugal, chegar a um pódio em Mundiais de natação, ao se sagrar vice-campeão do Mundo de 50 mariposa, comprovando o vaticínio de ‘fenómeno’ que há anos ostenta, somando recordes nacionais, um máximo mundial júnior e inúmeros feitos pelo caminho, de três títulos mundiais júnior a um bronze na estreia em Europeus e, hoje, uma prata na sua estreia em Mundiais sénior.

Natural de Coimbra, o jovem nadador tem sido acompanhado pelo treinador brasileiro Alberto Silva, que tem alavancado os resultados na natação pura portuguesa, e desde então tem quebrado todas as barreiras.

Tricampeão do mundo júnior em Lima, Peru, em 2022, conseguiu apenas o terceiro pódio de Portugal em Europeus, bateu recordes nacionais e um recorde do Mundo júnior e, quando no domingo se apurou para a final dos 50 mariposa, era apenas o terceiro luso da história a fazê-lo, depois de Alexandre Yokochi (Madrid1986) e Ana Barros (Perth1991).

Fez ainda melhor e, no final da prova, conseguiu o impulso final que lhe permitiu chegar à prata nesta distância não-olímpica, em que é recordista mundial jovem, e tirar 16 centésimos ao seu anterior máximo registo.

Já é um atleta isolado em termos de palmarés, deixando para trás qualquer outro com este registo inédito, e as expectativas só podem subir em relação a Paris2024, Jogos Olímpicos para que já está apurado em três distâncias diferentes.

Lusa