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Os exames… dos pais

Dormir: Um corpo saudável pensa e gere melhor os desafios que lhe são impostos. Os pais podem dar aqui um apoio importante ajudando a gerir horários de trabalho e de descanso, respeitando ritmos. Há jovens que trabalham melhor à tarde e à noite, outros preferem as manhãs. Sejam quais forem as preferências, as horas de sono devem ser cuidadas e pensadas para que não sejam também estas mais um ponto de conflito. [Fotografia: Shutterstock]
Comer: “Não tenho tempo para jantar!” Um corpo bem nutrido pensa de forma mais acertada. Saltar refeições ou comer à pressa em nada ajuda a que a seguir, o estudo corra melhor. E que as refeições sejam momentos em que verdadeiramente se desliga, ou tenta desligar, do muito que ainda há para trabalhar. Não será esta altura para iniciar um novo plano alimentar mas insistir nas simples regras do bem senso alimentar e que passam pela alimentação equilibrada e variada. [Fotografia: Shutterstock]
Pausas: Parar antes de estar cansado permite gerir os esforços. Organizar-se por blocos de trabalho que são variáveis em função de cada um mas que estão mais que comprovados que dão resultados em termos de eficiência. Por exemplo, 50 minutos, com 10 minutos de intervalo, mais 50 minutos e depois um intervalo maior. O cérebro demora a aquecer em termos dos seus raciocínios mas também precisa de descomprimir. Beber um copo de água, comer uma fruta, ir respirar ar puro, ajudam a gerir as tensões que se vão acumulando. [Fotografia: Shutterstock]
Registar: Uma vez que esteja em curso um plano de trabalho definido faz parte do processo haver dúvidas e incertezas. Insistir nelas, estudar e persistir. E quando não se consegue encontrar a solução, assumir que faz parte do processo normal de aprendizagem. É altura de registar a dúvida e tirá-la da cabeça. No momento oportuno perguntar ao professor ou a um colega. [Fotografia: Shutterstock]
Descomprimir: Seja com desporto, com convívio bom com amigos, tão importante como trabalhar é necessário desligar para que na altura certa se volte ao trabalho. [Fotografia: Shutterstock]
Respirar: Agora para os pais. Em nada adiante meter medos ou infligir inseguranças desnecessárias. A maioria dos jovens não quer fazer má figura, nem em relação aos colegas, e muito menos em relação a si próprios. Aquele ar de “está-se bem” muitas vezes disfarça a frustração de não conseguir mais. [Fotografia: Shutterstock]

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O terceiro período começou a todo o gás. Há quem já esteja a fazer a contagem decrescente e saiba quantos dias faltam para o fim que já se sabe, vai variando consoante os anos letivos.

Entre provas de aferição do 2º, 5º e 8º ano, há os exames do 9º, os do 11º e 12º ano. Uma resistência aos esforços de um ano inteiro (ou conclusões de ciclos de estudo) e que são postos à prova numa data de minutos que parecem não acabar entre o relógio que se olha, inúmeras vezes, enquanto se sabe que a sua cria está a dar o seu melhor.

pais que sofrem mais do que outros. Que vivem com igual (e muitas vezes superior) ansiedade, as inseguranças dos seus filhos. Por medos e vivências passadas em que a evocação da palavra EXAME, continua a ser, só por si, aterradora. O ciclo perpetua-se nesta pressão que se coloca a um conjunto de papéis com perguntas. Verdade que se definem notas e médias.

Verdade também que as crianças e jovens são muito mais do que uma pauta. Verdade derradeira ainda é que espelha as ansiedades e angústias dos pais e em alguns casos, dos seus professores, que por tanto lhes quererem bem, os puxam para limites, que nem todos estão capazes de gerir.

Dê segurança aos seus filhos, não lhes incuta ainda mais ansiedade

Muitos são os jovens que referem os “nervos” e as “ansiedades” como entraves de respostas mais acertadas: “Eu sabia! Mal saí do teste lembrei-me como se fazia aquele exercício! Ahhhh… esqueci-me de completar aqueles três pontos fundamentais na última pergunta!”.

Claro, mal descomprimiu, o raciocínio mostrou-se livre para circular e mostrar todo o seu potencial. Então o que fazer para que no dia do teste ou exame se consiga dar o seu melhor?

Percorra a galeria acima para ficar a conhecer em detalhe quais as melhores formas para ajudar os seus filhos a atravessarem esta fase sem problemas.

E lembre-se, no dia do exame é mesmo só dar um abraço valente (para quem ainda se deixa abraçar!) ou um olhar sincero de que se tem a certeza de que vai dar o seu MELHOR, seja ele lá qual for. E siga!

 

Ana Bela Lopes, trabalha como psicóloga educacional e formadora nas áreas da psicologia, há quase duas décadas. Formadora do Alto Comissariado para as Migrações, no âmbito da Bolsa de Formadores. Gestora do Projeto Pais que Respiram porque acredita na aventura de se ser Pai com as pequenas imperfeições…perfeitas. É autora do blog Penso Rápido:http://p-pensorapido.blogspot.com.