“Parem, estou com vergonha”, diz Rubiales em novo vídeo de euforia pós-vitória

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Jenni Hermoso [Fotografia; STEVE CHRISTO / JIJI PRESS / AFP]

Já no autocarro e depois da vitória da seleção espanhola, é feito um vídeo – estima-se que cerca de duas horas depois – no qual se vê a jogadora Jenni Hermoso sorridente e a propósito do beijo que diz ser “sem consentimento” do presidente da federação espanhola.

Na mesma captura de imagens, de quase dois minutos e divulgada na noite de terça-feira, 29 de agosto, ouvem-se as jogadoras, em tom de brincadeira, a dizerem “Beijo! Beijo! Beijo” e “Presi! Presi! Presi! (em alusão ao presidente). Já no final, surge Luís Rubiales a pedir às jogadoras, com um ligeiro sorriso, “Parem, estou com vergonha”.

Estas novas imagens da celebração foram divulgadas quase dez dias depois e surgem com o propósito de levar Hermoso a desdizer o que tem dito sobre o episódio de assédio que sofreu logo após a vitória da seleção espanhola no Mundial Feminino de Futebol, que decorreu na Austrália e Nova Zelândia.

O video começa com a atleta Jenni Hermoso a olhar para o telemóvel e a dizer: “Como Iker e Sara”, afirma ela, enquanto mostra no ecrã a imagem do beijo que a jornalista da Telecinco, Sara Carbonero, deu a Iker Casillas, então a jogar na seleção nacional e aquando da vitória da equipa masculina espanhola no Mundial de África do Sul, em 2010. “Meu Deus”, Jenni Hermoso afirma depois enquanto olha a imagem no ecrã do telemóvel.

Segundo a imprensa espanhola desta quarta-feira, 30 de agosto, Rubiales já terá enviado este vídeo à FIFA como prova de que não houve assédio entre o presidente e o organismo. Um gesto que procurará levar à reanálise da sanção que poderá ser imposta por aquele organismo ao dirigente desportivo. Segundo avançou o jornal britânico Daily Mail, na terça-feira, 29 de agosto, Luis Rubiales arrisca ser afastado do futebol por um período de 15 anos. Uma resposta que surgiu na sequência de uma comunicação da federação espanhola à UEFA, assinada pelo secretário geral Andreu Camps, em que denunciava “ingerência do Governo” no caso do beijop, podendo resultar no afastamento de clubes e da seleção de competições internacionais.

Recorde-se que os presidentes das federações regionais espanholas demarcaram-se do comunicado e pediram que o documento polémico seja anulado.