Pivô da CNN Sara Sidner revela que tem cancro de mama em direto

Sara Sidner
[Fotografia: Captura de ecrã/Instagram/Sara Sidner]

“Tire um segundo e nomeie oito mulheres da sua vida. Conte-as com os seus dedos. Estatisticamente, uma delas vai ter cancro de mama. Eu sou esse numero no meu grupo de oito amigas”. Foi desta forma que a jornalista e pivô norte-americana da CNN News Central, no horário matutino, revelou em direto que estava a ser confrontada com um diagnóstico de cancro de mama no estádio 3.

Com uma vida saudável, a não fumar, a beber raramente e sem histórico tumoral na família, a repórter e correspondente de guerra, de 51 anos, foi apanhada de surpresa pela doença numa mamografia realizada em outubro e que lançou suspeita sobre a doença. A biópsia chegaria depois e com a confirmação do pior cenário. Agora, em conversa com o site norte-americano People afirma claramente: “Simplesmente tomei uma decisão. E insisto, vou viver!”

Tudo começou quando Sara Sidner viajou para Israel e com o propósito de cobrir a guerra contra o Hamas, em outubro do ano passado e onde permaneceu três semanas. Regressou aos EUA com o sentido de urgência de verificar o seu estado de saúde e sempre preocupada com o que a esperaria, mas crê que o que viu e assistiu no Médio Oriente a preparou para se confrontar com o diagnóstico. “Quando recebi a notícia, não contei a ninguém, nem mesmo à minha mãe, ao meu marido, às minhas irmãs ou amigos. Precisa de processar a informação”, explicou.

[Fotografia: Instagram/Sara Sidner]

E se numa primeira fase sentiu uma preocupação crescente com a possibilidade do fim da vida, dias depois e perante a necessidade de iniciar tratamentos que duram meses, optou por mudar de atitude perante a doença.

Não deixou de trabalhar desde que iniciou o procedimento médico. Diz já ter concluído o primeiro ciclo de quimioterapia, nota diferenças e fala sobre elas. “Estou cansada e mais lenta, e tenho de pensar mais em como posso cuidar de mim mesma”, afirma. “É verdade que o meu cabelo está a cair”, acrescenta. Trabalhando em televisão, a pivô está particularmente mais exposta à imagem, o que a levou a tornar pública a sua doença. A propósito disso revela que está a sujeitar-se, para lá do tratamento do cancro, a um procedimento inovador que procura minorar os efeitos da perda de cabelo. O cold capping (refrigeração do couro cabeludo, em tradução literal) passa por aplicar no cabelo bolsas de gelo antes, durante e depois da sessão de quimio para prevenir a queda.

Com cerca de cinco meses de quimioterapia pela frente, uma dupla mastectomia e radioterapia, Sara Sidner lembra na sua conta de Instagram que, apesar de o cancro ser agressivo, “já não é uma sentença de morte para a maioria das pacientes”.

Na mesma nota, a jornalista alerta que quando “se trata de uma mulher negra, há 41% mais de possibilidades de morrer de cancro de mama do que uma mulher branca”. “41%”, reitera a jornalista. Por isso, prossegue na mensagem deixada aos seguidores, para que “todas as mulheres façam mamografias todos os anos, façam autoexames e que identifiquem o cancro”.