Procura ‘online’ por explicações quase triplica num mês, e custam em média 17 euros à hora

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[Fotografia: Pexels/Pixabay]

Ainda o primeiro mês de 2024 ia a pouco mais de meio e a procura por explicações para os alunos, para lá das aulas, já tinha subido, até 19 de janeiro e face a dezembro, 262%, com o somatório de cabaz de disciplinas a ser o serviço mais procurado, seguido da matemática.

Os dados foram revelados esta quinta-feira, 25 de janeiro, e resultam da análise feita pela plataforma de contratação de serviços Fixando, que aponta para um aumento exponencial da procura, que quase triplica. Segundo informação detalhada à Delas.pt, o valor médio por explicações em janeiro de 2024 situa-se nos 17 euros por hora, mantendo o custo médio do ano passado e mais um euro do que em 2022 (16 euros/hora).

Os alunos que mais procuram ajuda estão a frequentar o ensino secundário (quatro em cada dez pesquisas), o universitário (22%), o terceiro ciclo (15%) e o primário (14%), refere o comunicado.

“As explicações para várias disciplinas são as mais procuradas (44%), mas de seguida destacam-se os pedidos de aulas para matemática do ensino secundário (13%) e matemática de 3º ciclo (8%), uma disciplina que tem causado mais preocupação por parte de professores e encarregados de educação, especialmente à luz dos recentes resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) divulgados no mês passado”, lê-se também na nota enviada pela plataforma às redações, que recorda que “Portugal está entre os países da OCDE que mais pioraram a pontuação na área de Matemática”.

Para a diretora de novos negócios da Fixando, Alice Nunes “estes dados denotam uma clara inquietação das famílias com os resultados escolares dos jovens e o setor está a fazer os possíveis para dar uma resposta adequada”, explica citada na mesma informação.

E se a procura aumenta, o mesmo não se pode dizer da oferta que, mesmo na possibilidade de sessões em videochamada, tem deixado quase metade dos pais sem soluções para os filhos nestas primeiras semanas de janeiro. “Os centros de explicações e professores particulares não estão a conseguir dar resposta à enchente de pedidos e apenas 52% dos encarregados de educação conseguiram encontrar um profissional disponível para o seu educando nas primeiras semanas de janeiro”, especifica o comunicado.