Protestos pela habitação voltam à rua este sábado, em todo o país. Saiba onde e a que horas

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[Fotografia: Pexels/ Tima Miroshnichenko]

Trabalhar e viver em tendas, a subida dos créditos à habitação e os altos preços praticados nas rendas são realidades vividas por uma parte da população portuguesa, levando a que os protestos voltem a sair à rua, um pouco por todo o país, este sábado, 30 de setembro.

“O problema do acesso à habitação é hoje reconhecido por toda a gente: é uma emergência nacional que exige soluções urgentes. Porém, ao longo dos anos, o governo entretém-se a anunciar pacotes de medidas sem resultado”, acusam as plataformas Casa Para Viver e They Time to Pay, que estão na linha da frente desta luta que tem iniciativas marcadas em todo o país (e que pode consultar abaixo) e sob o mote ‘Casa Para Viver’. Uma crise habitacional a que se junta o aumento dos “preços da energia, da alimentação, dos produtos essenciais”, acrescentam as estruturas.

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[Fotografia: DR]
No comunicado conjunto, as entidades sublinham que se vive “a crise mais aguda da história da humanidade, que tem como raiz o mesmo sistema que está a provocar a crise habitacional”. E prossegue: “Sem resolver a crise climática, todas as crises sociais, incluindo a habitacional, apenas se agravarão — seja pelo aumento de catástrofes climáticas extremas e da temperatura, seja pelas falhas no sistema alimentar, que têm já resultado em mortes e no agravamento das condições de vida de quem já está mais vulnerável neste sistema e menos contribuiu para estas mesmas crises. São estes fenómenos que têm, também, reclamado casas por todo o mundo, forçando à migração de milhões de refugiados climáticos, obrigados a deixar as suas vidas para trás em busca do direito ao lugar noutras regiões do planeta.”

No documento onde fala da existência de “730 mil casas vazias”, pelo que se precisa “de regulação e acabar com a especulação”, as plataformas consideram que a “prioridade tem de passar por assegurar condições de vida, agora e no futuro, e por garantir o bem comum, em que a qualidade de vida não se resume a podermos aceder a uma habitação de qualidade, mas também a um bom ordenamento do território, energias limpas, eficiência energética, alimentos de qualidade e cuidados básicos”.

 

Cidades confirmadas segundo a plataforma:

10.00 horas: Barreiro (Escola Secundária Santo André); Beja (Jardim do Bacalhau); Évora (Praça do Giraldo); Portalegre (Mercado Municipal).

11.00 horas: Tavira (Mercado Municipal)

15.00 horas: Aveiro (Largo Jaime Magalhães); Braga (Coreto da Avenida); Coimbra (Praça 8 de Maio); Covilhã (Largo da Câmara Municipal, no Pelourinho);
 Faro (Jardim Manuel Bívar); Guimarães (Toural); Lagos (Rua Victor da Costa e Silva, nas traseiras da Adega da Marina); Leiria (Fonte Luminosa);
 Nazaré (Praça Souza Oliveira); Lisboa (Alameda); Portimão (Largo 1.º de Dezembro); Porto (Batalha); Viseu (Rua Formosa, na Estátua Aquilino Ribeiro); Samora Correia (Jardim Urbanização da Lezíria).

17. 00 Horas: Alcácer do Sal (Avenida dos Aviadores, junto à entrada da Feira de Outubro).