Fidelização e rescisão de contratos lideram queixas contra ginásios, que aumentaram 69% em 2019. Com cada vez mais adeptos e sobretudo do sexo feminino, as maiores cadeias estão nos lugares de topo da insatisfação registada pelos portugueses.
De acordo com dados da DECO – Defesa do Consumidor, foram registadas 288 queixas neste âmbito, um crescimento de 38% no primeiro semestre de 2019 e face a período homólogo no ano passado. Ainda de acordo com os dados revelados pelo Jornal de Notícias, desta sexta-feira, 26 de julho, o Portal da Queixa acompanha esta tendência para a insatisfação, registando 252 reclamações em igual período, mais 69% do que em 2018.
O mesmo jornal vinca que, a par das denúncias dos utilizadores deste tipo de serviços, também a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) tem instaurado processos-crime neste setor económico. Em dois anos e meio e ao abrigo de 528 fiscalizações, foram suspensos 12 estabelecimentos, instauradas sete queixas-crime e aplicados 151 processos de contraordenação.
Segundo o Barómetro do Fitness 2018, as mulheres surgem como as principais sócias de um universo a rondar os cerca de 1100 ginásios em Portugal, compreendendo um grupo de 53%, com um predomínio que, a nível etário, está entre os 31 e os 64 anos. Em termos de mensalidade média, ela estava, em 2018, cifrada nos 40 euros.
O setor de mercado do fitness valeu, em 2018, uma faturação anual de 264 milhões de euros, conta com pouco mais de meio milhão de praticantes e emprega, estima-se, 22 mil pessoas, dos quais mais de metade (12.800 são instrutores). Para 2019, todos estes dados apontam para um aumento. A AGAP/Portugal Activo mostra-se ambiciosa e espera que o número de praticantes em Portugal suba ao milhão, em 2021.
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