Recorde. 10% dos japoneses já têm mais de 80 anos, em Portugal já são mais de 7%

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[Fotogafia: Pexels/Cottonbro studio]

O Japão registou, pela primeira vez, 10% da população com mais de 80 anos e voltou a bater o recorde de centenários, que ultrapassam já os 92 mil, indicam dados governamentais divulgados esta segunda-feira, 18 de setembro, no dia do Respeito pelos Idosos.

Cerca de 12,69 milhões de pessoas no país tinham 80 anos ou mais a 15 de setembro, o que representa pela primeira vez um décimo do total, de acordo com as estimativas demográficas do governo japonês.

Perto de 36,23 milhões de pessoas no país têm 65 anos ou mais, o que representa 29,1% da população, um aumento de 0,1% em relação ao ano anterior, adiantam os mesmos dados divulgados para o feriado, que ocorre na terceira segunda-feira de setembro.

O Instituto de Investigação sobre a População e a Segurança Social do Japão estimou que, em 2040, as pessoas com mais de 65 anos representem 34,8% da população japonesa.

O país asiático também voltou a bater o recorde de centenários, estimados em 92.139, dos quais 88,5% são mulheres, avançou o Ministério da Saúde, do Trabalho e da Segurança Social nipónico.

Este é o 53.º aumento anual consecutivo e confirma o rápido envelhecimento do país, que já tem 73,74 centenários por cada 100 mil habitantes.

A pessoa mais idosa do Japão é uma mulher, Fusa Tatsumi, de 116 anos, que vive na província de Osaca, no oeste do país.

Quando estes dados começaram a ser recolhidos, em 1963, havia 153 centenários no Japão. Em 1981, eram mais de mil e, em 1998, mais de 10 mil, um aumento da longevidade que os especialistas atribuem sobretudo ao desenvolvimento das tecnologias e dos tratamentos médicos.

Por cá, estudo de julho mostrou que os idosos portugueses com 100 anos ou mais aumentaram 77%, e os números não vão inverter. Em 2022, eram já 2940 pessoas com ests características.

Segundo a mesma análise da Pordata, as pessoas com 80 e mais anos já compõem 7,1% da população nacional. Se atualmente são 750 mil, espera-se que em 15 anos sejam mais de um milhão.

com Lusa