“Tinha medo de estar a ser perseguida”. Líder do MAS revela o que passou após ameaça de Mário Machado a mulheres de Esquerda

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Renata Cambra naprimeira sessão do julgamento de Mário Machado, de 47 anos, e de Ricardo Pais, de 43, por um crime de incitamento ao ódio e à violência [Fotografia: Leonardo Negrão/Global Imagens]

“Tinha medo de eventualmente estar a ser perseguida. Comecei a adaptar as minhas rotinas e passei a torná-las o mais imprevisíveis possível, para evitar algum tipo de problema”, recordou a líder do Movimento Alternativa Socialista (MAS), Renata Cambra, de 32 anos, citada pelo Jornal de Notícias na primeira sessão do julgamento de Mário Machado, de 47 anos, e de Ricardo Pais, de 43, por um crime de incitamento ao ódio e à violência.

A porta-voz do MAS contou esta terça-feira, 6 de fevereiro, em tribunal, que, em 2022, mudou as suas rotinas depois de o militante neonazi Mário Machado e outro arguido terem alegadamente defendido no Twitter, atual X, a “prostituição forçada” de mulheres de partidos de Esquerda.

Agora, os arguidos negam ter sido os autores de publicações que há dois anos, a 21 de fevereiro de 2022, afirmaram, num direito de resposta à revista Sábado, que “a ironia e o humor ainda não são crime em Portugal”.

Renata Cambra vincou: “É normalizar aquilo que não é humor. É ódio”, afirmou, em tribunal, a porta-voz do MAS, contextualizando que a defesa da “prostituição forçada” de mulheres de partidos de Esquerda aconteceu num contexto em que “a extrema-direita estava a celebrar o seu crescimento no Parlamento”.

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