Vacinação aberta a que recorreram Maria Cerqueira Gomes e filha é “desobediência”

Maria Cerqueira Gomes, de 38 anos, e a filha Francisca, de 18, foram vacinadas contra a covid-19 e exibiram imagens disso mesmo nas redes sociais. O coro de críticas tornou-se imediatamente audível sobretudo por Francisca Cerqueira Gomes, de 18 anos, sido inoculada quando a vacinação para maiores desta faixa etária só arranca a 4 de julho.

A apresentadora da TVI Maria Cerqueira Gomes reagiu, referiu que tinha estado numa vacinação aberta no Cerco, no Porto, e mostrou o anúncio. Uma possibilidade de vacinação que permitia pessoas fora da atual ordem de prioridades serem vacinadas, durante dois dias.

A decisão desta vacinação aberta que acabou por se tornar popular por via da polémica protagonizada pelos dois rostos femininos da TV está agora sob investigação. O coordenador da task force da vacinação, o vice-almirante Gouveia e Melo, diz mesmo tratar-se de “desobediência”, “ato de indisciplina” e quer que sejam tiradas consequências.

“Nunca tive um caso desta dimensão, é a primeira vez. Isto, para todos os efeitos, consagra uma desobediência clara ao plano: alguém com responsabilidade que resolve, fora do plano, inovar e vacinar pessoas que não estão neste momento elegíveis para vacinação”, declarou aos jornalistas Gouveia e Melo e aquando da visita ao centro de vacinação da ilha de Porto Santo, na Madeira, que está a correr esta sexta-feira, 25 de junho.

O responsável afirma mesmo que o caso levou a participação desta iniciativa à Polícia Judiciária, à Inspeção Geral da Saúde” e “para fazer uma investigação”. Gouveia e Melo vincou ainda que falou com o presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS) “para que isto deixasse de acontecer e se tirassem todas as consequências deste ato que, para todos os efeitos, é um ato de indisciplina”.

Ao Jornal de Notícias, a ARS Norte confirmou ter aberto processo de inquérito no centro de vacinação e que funciona sob alçada do Agrupamento de Centros de Saúde Porto Oriental.