Já sabe que vai passar a passagem de ano – ou algumas outras férias em 2020 – a Paris, já idealizou o roteiro e todos os sítios que quer visitar mas ainda tem algumas dúvidas? Então não caia no erro de fazer estas 10 coisas.
Paris tem sido, ao longo dos tempos, um dos destinos mais cobiçados para quem quer conhecer a Europa. Sendo considerada a Capital do Amor, Paris entra também na lista dos nove países mais populares para 2020. Mas há que ter em atenção alguns detalhes.
O Delas.pt reuniu 10 erros que as pessoas tendem a fazer quando vão visitar Paris, para a ajudar na difícil tarefa de planear tal viagem. Veja abaixo quais os erros a não cometer e aponte-os a todos, de forma a tornar a sua viagem o mais memorável possível.
1 – Tentar fazer tudo de uma só vez
A revista feminina Glamour falou com Richard Nahem, guia turístico de Paris e também fundador do site Eye Prefer Paris Tous, que a ajuda a encontrar os sítios que só os parisienses conhecem, e ele deu algumas dicas de como aproveitar Paris da melhor maneira:
“Um dos grandes erros é tentar fazer e visitar tudo em apenas alguns dias. Paris é uma linda e grande cidade, com imensa coisa para ver e fazer. Pode também ser visualmente avassaladora e, por isso, criar muita vontade de ver e fazer de tudo. Como guia turístico, vejo muitos dos meus clientes a tentar encaixar programas que deveriam ser feitos em uma semana em três ou quatro dias. A minha sugestão é serem seletivos e escolherem duas ou três atividades, no máximo, por dia. Por exemplo, numa manhã ir ao Louvre, depois comer um bom almoço num café por 60 a 90 minutos, depois para a tarde diria um passeio por Marais ou por Saint-Germain ou mesmo visitar outro museu”, concluiu.
2 – Não dizer ‘boujour’ quando entra numa loja
Emily Jackson é uma conhecida blogger francesa que escreve sobre os vários recantos de Paris, no The Glittering Unknown, e que também foi entrevistada pela mesma revista. Afirma que um dos grandes erros dos visitantes é não dizer os bons dias quando entra numa loja.
“Digam ‘bonjour’ [bom dia] (ou, pelo menos, hello [Olá]) quando entrarem numa loja ou restaurante. Enquanto em alguns países dizer “perdão” é o suficiente para fazer uma questão a alguém ou fazer o seu pedido, em França é absolutamente expectável que se cumprimentem as pessoas com um apropriado bom dia, ao entrar num estabelecimento – seja ele qual for. Nos museus, vejo muitas vezes o caixa dizer ‘bonjour’ e as pessoas simplesmente responderem com o número de bilhetes que querem comprar – é mesmo uma atitude rude. Se disser primeiro o bom dia, verá que o seu serviço é muito melhor, por isso vale a pena recordar-se desta dica”, afirma a blogger.
3 – Ir com muita pressa para os restaurantes
Richard Nahem, o guia turístico parisiense, afirma que é preciso ir sem pressas aos restaurantes. “A menos que vá a uma loja de fast food, como o McDonald’s, as pessoas devem expectar esperar cerca de 60 a 75 minutos para conseguir almoçar ou jantar. Não espere começar o almoço ao 12h15 e esperar ter acabado a tempo para o bilhete do Louvre marcado para as 13h00. O serviço é mais lento nos restaurantes em França e há menos pessoas de serviço do que, por exemplo, nos Estados Unidos. Seja paciente e não desespere se a sua comida não for servida de imediato“, aconselha.
4 – Comprar bilhetes de museus desnecessários
O mesmo guia turístico fez ainda uma chamada de atenção sobre os bilhetes em forma de passe para os museus: “Os passes para os museus apenas compensam se estiver a pensar fazer, pelo menos, dois museus por dia, caso contrário é um desperdício de dinheiro. Consegue comprar todos os bilhetes para museus franceses via internet e consegue escapar à mesma às filas, se quiser. Além disso, mesmo que tenha um passe para um museu, na maioria das vezes tem de reservar à mesma uma hora online“, contou.
5 – Comprar pão, vinho ou queijo em supermercados
Frédéric Vielcanet, fotógrafo e blogger parisiense, aconselha ainda sobre um tópico que muitos turistas tendem a fazer: comprar produtos clássicos em supermercados: “Por favor, não compre pão, queijo ou vinho nos supermercados, porque pagará por pouca qualidade industrial. Todos os parisienses têm a sua pastelaria preferida onde vão buscar as suas clássicas baguetes todos os dias. A minha é a Au Levain d’Antan em Montmartre, onde vivo (…) Coma a baguete na rua, como um bom parisiense. Pode sentar-se na esplanada, acrescentar queijo e beber um copo de vinho. (…) Vá mesmo a mercados de queijo e vinho para garantir melhor qualidade, mesmo que seja um pouco mais dispendioso (…)”, concluiu.
6 – Ficar hospedada demasiado perto da Torre Eiffel
Vanessa Grall, blogger que escreve sobre como não ser um turista em Paris, aconselha desde logo a evitar ficar hospedada demasiado perto da Torre Eiffell: “Não caia na conversa dos hotéis ‘perto da Torre Eifell’. Existem várias cadeias de hotéis conhecidas que acabam por ser perto da Torre mas que são rodeadas de restaurantes não tão bons ou são localizadas em ruas menos atrativas ou perto da autoestrada. As zonas à volta da Torre Eiffell são muito turísticas e, por isso, raramente verá locais ou a verdadeira cultura parisiense. (…)”, aconselha.
7 – Tentar trazer baguetes e croissants para casa
Frédéric Vielcanet afirma ainda que “se é viajante, não pode levar baguetes e croissants para casa, porque o pão vai ficar velho. No entanto, se o desejar mesmo fazer, escolha um pão grande, pão de fermento, sem ser fatiado. Este tipo de pão pode manter-se fresco por alguns dias, dentro de um saco de plástico”, afirma.
8 – Visitar apenas os ‘grandes clássicos’
A youtuber Kenza Sadoun-el Glaoui também tem algo a dizer sobre apenas ver os clássicos quando se visita Paris: “Não encha o seu itinerário com os maiores museus e mercados, porque passará a maior parte da sua viagem em filas. Visite os mais pequenos ou menos conhecidos museus, arquivos e mercados – há várias preciosidades destas por Paris”, desabafa.
“Há tantos turistas que vêm visitar Paris e que fazem apenas as voltas turísticas, como a Torre Eiffell, Arco do Triunfo, o museu do Louvre. Paris é uma cidade que tem de ser descoberta a andar, a seguir a energia da cidade, a passear pelos bairros populares como o 18º e 11º distrito, que são cheios de artesanatos, pequenas lojas e ruas especiais que fazem o charme de Paris”, terminou.
9 – Não aproveitar o bom tempo
Richard Nahem aconselha ainda que, se for a Paris e apanhar bom tempo, deve tirar bom partido dele: “Se o tempo estiver bom, aconselho a que veja apenas um museu por dia, para que consiga passar o resto do tempo no exterior, a explorar a arquitetura magnífica. Lembre-se que se não vir tudo, pode sempre voltar.”, confidenciou.
10 -Ficar apenas em ‘modo turista’
“Muitas vezes vejo os turistas a tratar Paris como se fosse apenas uma lista de coisas a ver e fazer que se vai riscando. De acordo com a minha experiência, eu encorajo as pessoas a explorar a cidade de acordo com os seus próprios interesses. Isto tanto pode significar procurar uma exposição de um artista que a pessoa adora como visitar uma loja especializada no seu hobby ou paixão. Estou sempre a dizer que Paris é a melhor cidade do mundo para se perder, porque é tão fácil de percorrer, há algo único e especial em cada esquina. Se estiver sempre em modo turista, vai esquecer-se de desacelerar e olhar para cima. A parte boa de visitar uma nova cultura é ter experiências totalmente diferentes, por isso é que eu incentivo as pessoas a experimentar coisas novas ou coisas que não consigam fazer na sua terra natal. Estas situações acabam por oferecer sempre as melhores histórias e uma nova perspetiva do lugar que visitam”, afirmou o guia turístico.
