Zé Pedro, o amor e as mulheres. O adeus ao ícone do Rock

As portas do antigo Museu dos Coches, em Lisboa, já se abriram para receber todos os que queiram prestar uma última homenagem a Zé Pedro, o guitarrista dos Xutos & Pontapés, que morreu na quinta-feira, 30 de novembro, vítima de doença prolongada.

Zé Pedro partiu aos 61 anos. Têm sido incontáveis os testemunhos de colegas da música e das artes, políticos e figuras maiores da sociedade portuguesa e a lembrarem Zé Pedro, elogiando-lhe, também, o sorriso franco e sempre disponível.

Na galeria acima recorde alguns dos momentos mais emblemáticos da sua vida, mas também frases únicas proferidas por ele.

O funeral decorre no sábado, 2 de dezembro, às 13h30 e também no Mosteiro dos Jerónimos. É importante ressalvar que as informações iniciais prestadas pela família do músico foram alteradas ao longo da manhã de sexta, 1 de dezembro.

Uma luta longa e um adeus feito em palco

Zé Pedro estava doente há vários meses, mas a situação foi sempre mantida de forma discreta pelo grupo, tendo só sido assumida publicamente em novembro, a propósito do concerto de fim de digressão dos Xutos & Pontapés, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

José Pedro Amaro dos Santos Reis nasceu em Lisboa, em 14 de setembro de 1956, numa família de sete irmãos, “com um pai militar, não autoritário, e uma mãe militante-dos-valores-familiares“, como recordou num dos capítulos da biografia Não sou o único (2007), escrita pela irmã, Helena Reis.

No final na década de 1970, Zé Pedro, com Zé Leonel e Paulo Borges, decidiu criar uma banda, batizada Delirium Tremens. Passou depois a chamar-se Xutos & Pontapés, com a entrada de Kalú e de Tim para o lugar de Paulo Borges.

O primeiro concerto realizou-se há 38 anos, em 13 de janeiro de 1979, nos Alunos de Apolo, em Lisboa.

Imagem de destaque: Global Imagens