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Zeca Afonso e Vitorino no adeus a Joana Marques Vidal

Percorra a galeria e recorde, em imagens, quem é e qual o legado que Joana Marques Vidal, a primeira mulher a ser nomeada Procuradora Geral da República, e que vai ser agora sucedida por Lucília Gago [Fotografias: Pedro Rocha/Global Imagens]
LJoana Marques Vidal tornou-se na figura máxima do Ministério Público (MP)a 12 de outubro de 2012, 33 anos depois de ter ingressado na magistratura. [Fotografia: Gerardo Santos / Global Imagens]
Nessa altura, deixava a presidência da Associação de Apoio à Vítima (APAV), onde exercia o cargo desde 2007. [Fotografia: Fernando Fontes/ Global Imagens]
Desempenhava também o cargo de auditora jurídica do Representante da República para a Região Autónoma dos Açores e, em acumulação, magistrada do MP no Tribunal de Contas, Secção Regional dos Açores, em Ponta Delgada. [Fotografia: Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens]
Liderou a investigação da Operação Marquês, que levou à detenção preventiva de José Sócrates [Fotografia: Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens]
Entre mãos teve os inquéritos BES e a Operação Lex, que envolve dois juízes desembargadores. [Fotografia: Filipe Amorim / Global Imagens]
Foi também no mandato de Marques Vidal, que a investigação em torno dos Vistos Gold colocou como arguido, entre outros, o ex-ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. [Fotografia: Paulo Spranger/Global Imagens]
Liderou ainda a Operação Fizz, que criou alguma polémica com Angola por causa do ex-vice presidente Manuel Vicente. [Fotografia: Steven Governo / Global Imagens]
Recentemente, a poucos dias de passar o testemunho à nova Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, surgiu a operação Húbris, que levou à prisão preventiva do diretor da Polícia Judiciária Militar e de um civil. [Fotografia: Álvaro Isidoro / Global Imagens]
Marques Vidal esteve à frente do caso dos incêndios de Pedrógão Grande em 2017 que provocaram 64 mortos e dezenas de feridos. [Fotografia: Gerardo Santos / Global Imagens]
O caso "Raríssimas", de apropriação ilícita de recursos financeiros da instituição, também lhe passou pelas mãos. [Fotografia: Gerardo Santos / Global Imagens]
O desporto não lhe foi alheio e também lidou com o caso da viagens do Euro 2016, que surgiram durante o seu mandato. [Fotografia: Steven Governo / Global Imagens]
Enquanto magistrada do Ministério Público (MP) em Cascais foi a primeira presidente da Comissão de Proteção de Menores do município e desempenhou funções como coordenadora dos Magistrados do MP do Tribunal de Família e Menores de Lisboa, de 1994 a 2002. [Fotografia: Thomas Meyer / Global Imagens]
Foi também vogal do Conselho Superior do Ministério Público e diretora-adjunta do Centro de Estudos Judiciários. [Fotografia: Álvaro Isidoro / Global Imagens]
Joana Marques Vidal sucedeu a Fernando José Matos Pinto Monteiro na liderança da PGR. [Fotografia: Vítor Rios / Global Imagens]
Filha do juiz jubilado José Marques Vidal, diretor da Polícia Judiciária nos governos de Cavaco Silva. [Fotografia: João Girão/Global Imagens]
Joana Marques Vidal licenciou-se em Direito, na Universidade Clássica de Lisboa, em 1978. [Fotografia: Vítor Rios / Global Imagens]
Especializou-se na área de Direitos da Família e Menores [Fotografia: Jose Antonio Domingues]
Em 1979, um ano depois de concluir o curso, exerceu as funções de delegada do Procurador da República nas comarcas de Vila Viçosa, Seixal e Cascais. [Fotografia: Pedro Rocha / Global Imagens]
Foi também vogal do Conselho Superior do Ministério Público e diretora-adjunta do Centro de Estudos Judiciários. [Fotografia: Sara Matos / Global Imagens]
Maria Joana Raposo Marques Vidal nasceu a 31 de dezembro de 1955. Na imagem, Marques Vidal está com Maria José Morgado [Fotografia: Leonardo Negrão / Global Imagens]
Tem cinco irmãos [Fotografia: João Manuel Ribeiro/Global Imagens]
E é irmã do procurador que liderou o caso ‘Face Oculta’, João Marques Vidal [Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens]

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É já esta sexta-feira, 12 de outubro, que Joana Marques Vidal, a primeira mulher nomeada Procuradora-Geral da República (PGR), conclui o seu mandato e remete a função para a sua sucessora: Lucília Gago.

Na hora da despedida, mais do que saber um ou outro detalhe, é tempo de lembrar todos os momentos emblemáticos desta ‘gestão’ e de ficar a saber exatamente de quem se está a falar. Na galeria acima, recorde mais de duas dezenas de factos da vida e obra desta mulher que, quando nasceu, em 1955, se arriscava a ser a bebé do ano seguinte. É que Joana Marques Vidal completa 63 anos a 31 de dezembro.

Segundo informações reveladas pela agenda da PGR, o adeus será feito já nesta quinta-feira, 11, em compassos bem definidos. Ou seja, ao som de música e com entrada livre. Prevê-se que o coro da instituição interprete temas de Zeca Afonso, contando com Vitorino como convidado especial. Uma iniciativa intitulada Tardes Encantadas e que decorre no Palácio de Palmela (sede da Procuradoria), a partir das 17.00 horas.

Mas enquanto não ecoam os primeiros acordes, é tempo de lembrar os seis anos marcados por vários casos mediáticos, da política à sociedade, passando pelos incêndios, pelo desporto, pela própria Justiça – e na qual Marques Vidal labora -, e chegou, recentemente, aos militares. Foi, até, além-fronteiras, a Angola. Uma gestão que, aquando da operação Marquês, levou à prisão preventiva do antigo primeiro-ministro José Sócrates.

Numa saída que se revestiu de polémica, de muitas manchetes e que acabava em alguma surpresa, a magistrada acabaria por ser sucedida por Luícilia Gago, nomeada a 20 de setembro pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Ficou muita coisa para fazer”, devido às “muitas e óbvias dificuldades que decorrem do exercício do cargo”, afirmou Joana Marques Vidal recentemente

Em jeito de balanço do seu mandato de seis anos, Joana Marques Vidal disse recentemente que, consigo à frente da Procuradoria-Geral da República, se iniciou “um caminho de modernização do Ministério Público“.

Admitiu, porém, que “ficou muita coisa para fazer”, devido às “muitas e óbvias dificuldades que decorrem do exercício do cargo”.

“Esse caminho passa por uma reorganização estrutural e departamental que permite uma maior flexibilização no desempenho das funções, designadamente no âmbito da ação penal, por uma formação mais exigente dos magistrados e pelo rigor da ação”, afirmou.

CB com Lusa

Imagem de destaque: Pedro Rocha/Global Imagens

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