É amante de carnes vemelhas? Saiba o mal que lhe faz

Carnes vermelhas

Comer com frequência carnes vermelhas processadas como bacon e salsichas tira-lhe anos de vida. A conclusão é de um estudo realizado por investigadores da Harvard T. H. Chan School of Public Health, nos EUA, e vem confirmar vários outros estudos que se têm feito nos últimos anos. Este tipo de carnes contém elevadas quantidades de sódio, nitratos e gordura saturada. Além das calorias extra, todos estes componentes estão associados a doenças cardíacas, cancro e colesterol, segundo a Academia de Nutrição e Dietética dos EUA.

Para contornar este problema tem de fazer dos vegetais a sua principal fonte de proteína. Só tem de substituir as carnes vermelhas por feijão, legumes, cereais, pão, massas, nozes, claras de ovo ou até frango, por exemplo. Todos estes alimentos contêm muita fibra, antioxidantes, vitaminas ou ómega 3, proporcionando-lhe uma alimentação rica em bons nutrientes, poucas calorias e praticamente sem gorduras saturadas.


Leia também o artigo: Afastar a carne do prato é bom para a saúde


“Nós descobrimos que a proteína da carne vermelha, especialmente de carne vermelha processada, está fortemente associada à mortalidade. A proteína do peixe ou frango não está associada à mortalidade”, explicou o investigador Mingyang Song, especialista em nutrição da universidade norte-americana que realizou o estudo.

Na investigação, que durou três décadas, participaram mais de 131 mil pessoas cuja média diária de ingestão calórica era de 14% de proteína animal e apenas 4% de proteína vegetal. Aliados à alimentação pouco saudável, a maioria dos consumidores de carne vermelha tinha também o hábito de beber e fumar.

O nutricionista e instrutor de fitness Jim White não ficou surpreendido com os resultados. “Não digo às pessoas para pararem de comer carne vermelha, mas se alguém está a comer três porções de carne vermelha por semana, recomendo que mude para peixe, frango ou proteína vegetal”, sublinhou o especialista.

Os resultados deste estudo foram divulgados no site do jornal norte-americano de medicina JAMA Internal Medicine.