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13 momentos-chave do inferno de Theresa May

Percorra a galeria e veja os momentos mais emblemáticos dos três intensos anos de governo de Theresa May. Um adeus prometido e que começa esta sexta-feira, 7 de junho [Fotografia: Henry Nicholls/Reuters]
Em junho de 2016, a conservadora sucede a David Cameron após a derrota dos conservadores no referendo ao Brexit, processo que ditaria a saída do Reino Unido da União Europeia. Assumiu o cargo a 13 de julho [Fotografia: Clodagh Kilcoyne/Reuters]
Em dezembro de 2016 e num detalhe completamente paralelo à política, Theresa May era acusada de usar roupas demasiado caras para a média britânica
Em abril de 2017, a primeira-ministra britânica, Theresa May surpreendeu todos ao convocar a realização de eleições legislativas antecipadas para 8 de junho. Uma posição tomada três semanas após o lançamento do processo de saída da União Europeia (‘Brexit‘) REUTERS/Ben Stansall/Pool
A 22 de maio de 2017, Theresa May enfrentava um dos maiores ataques terroristas feitos em solo britânico. Tudo aconteceu em Manchester, num concerto de Ariana Grande. Morreram mais de duas dezenas de pessoas e mais de 100 ficaram hospitalizadas
8 de junho de 2017, o sufrágio não acompanhou ao detalhe o que as sondagens indicavam e May perde a maioria absoluta que herdada de Cameron [Fotografia: Toby Melville/Reuters]
Para segurar essa mesma maioria, a primeira-ministra britânica teve de fazer acordo com o Partido Unionista Democrático (DUP) da Irlanda do Norte, dependendo dos dez deputados para prosseguir caminho. Fotografia de Stefan Wermuth/Reuters
Em dezembro de 2018, Theresa May sobrevivia à primeira moção interna do seu próprio partido e na sequência das negociações do Brexit fixadas em novembro com a União Europeia REUTERS/Peter Nicholls/File Photo
15 de janeiro de 2019. Primeiro chumbo do acordo do Brexit no Parlamento Inglês e que tinha ficado estabelecido, em novembro de 2018, entre o Reino Unido e a Europa a 27
Com esta derrota, o líder trabalhista Jeremy Corbyn faz uma moção de não confiança ao governo. May resiste.
A 27 de março de 2019 e com o partido divido, a primeira-ministra britânica, Theresa May, tinha prometido aos conservadores do seu partido que ela se demitia se os deputados apoiassem o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia
Três tentativas a submeter o acordo do Brexit – e sem sucesso – May anunciou a sua saída a 24 de maio, com formalização a 7 de junho.
20 de julho de 2019 – o adeus efetivo. É dia de eleições internas para a liderança do partido Conservador, cujo vencedor vai assumir a chefia do governo.

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Entrou pela mão do Brexit, o mesmo que a levou a sair. Esta podia ser a síntese de um mandato de três anos da primeira-ministra britânica, Theresa May, que deixa esta sexta-feira, 7 de junho, o número 10 de Downing Street.

Um executivo que atravessou uma moção interna, uma moção de não confiança interposta pelos trabalhistas liderados por Jeremy Corbyn e três rejeições de um acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (processo conhecido por Brexit) e umas eleições antecipadas. Um mandato que também enfrentou ataques terroristas e ataques pessoais à própria ministra. Três anos a ferro e fogo que pode recordar em 13 momentos chave na galeria acima

Esta sexta-feira, Theresa May formaliza a demissão da liderança do partido Conservador anunciada em maio, desencadeando uma eleição interna para encontrar um sucessor. Enquanto primeira-ministra, mantém-se em funções até que esteja em posição de dizer à rainha Isabel II quem esta deve nomear como sucessor, na sequência da eleição no Partido Conservador.

O vencedor, enquanto líder do partido do Governo, torna-se também primeiro-ministro sem a necessidade de eleições legislativas. Este sufrágio interno está marcado, segundo notícias que datam do final do mês de maio, para 20 de julho.

Numa declaração à porta da residência oficial, em Downing Street, a 24 de maio, May reconheceu que o fracasso em aplicar o ‘Brexit’ determinou a sua decisão de se demitir. “É e será sempre motivo de profundo desgosto para mim não ter sido capaz de implementar o ‘Brexit’. Caberá ao meu sucessor encontrar um caminho que honre o resultado do referendo”, afirmou.

May disse ter feito o possível para convencer os deputados a aprovar o acordo que negociou com Bruxelas para fazer o Reino Unido sair da União Europeia UE, mas, “infelizmente”, não conseguiu. O documento foi chumbado três vezes na Câmara dos Comuns por margens elevadas devido, não só à divergência da oposição e dos deputados anti-‘Brexit’, mas também por causa da discórdia por vários eurocéticos do seu próprio partido.

“É claro agora para mim que é melhor para o país que um novo primeiro-ministro lidere esse processo”, acrescentou.

A chefe do governo pretendia fazer uma quarta tentativa esta semana, mas a proposta de permitir uma votação sobre um novo referendo motivou desentendimentos dentro do próprio governo, desencadeando a demissão da ministra para os assuntos parlamentares, Andrea Leadsom.

CB com Lusa

Imagem de destaque: Tobby Melville/ Reuters

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