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15 sinais de que se está perante manipulação parental

Induzir a criança a escolher entre um ou outro, obrigar a criança a escolher entre pai e mãe, ameaçando-a das consequências, caso a escolha recaia sobre o progenitor alienado [Fotografia: Shutterstock]
Fazer com que a criança pense que foi abandonada e que não é amada pelo progenitor alienado [Fotografia: Shutterstock]
Provocar conflitos entre o progenitor alienado e a criança, alterar a perceção da criança sobre o outro progenitor para o fazer odiar e denegrir a imagem do outro progenitor, criticar a competência profissional e a situação financeira do ex-cônjuge, [Fotografia: Shutterstock]
Ignorar em encontros casuais, quando junto do filho, a presença do outro progenitor, levando também a criança a desconhecê-lo e não permitir que a criança esteja com o progenitor alienado em outras ocasiões que não prévia e expressamente estipuladas. [Fotografia: Shutterstock]
Dar em dobro ou triplo o número de presentes que a criança recebe do outro progenitor como forma de comprar a sua lealdade, estragar, esconder ou cuidar mal dos presentes que o progenitor alienado dá ao filho. [Fotografia: Shutterstock]
Pequenas punições subtis e veladas, manifestando o seu desagrado quando a criança expressa satisfação em se relacionar com o progenitor alienado. Induzir culpa no filho por ter bom relacionamento com o progenitor alienado [Fotografia: Shutterstock]
Limitar o contacto da criança com o progenitor alienado e criar a impressão de que é perigoso [Fotografia: Shutterstock]
Confiar segredos à criança, reforçando o senso de lealdade e cumplicidade, cultivar a dependência psicológica da criança do progenitor alienador [Fotografia: Shutterstock]
Viajar e deixar os filhos com terceiros sem comunicar ao outro progenitor. Não autorizar que a criança leve para casa do progenitor alienado brinquedos e as roupas que mais gosta. [Fotografia: Shutterstock]
Fazer comentários desairosos sobre presentes ou roupa compradas pelo outro progenitor ou mesmo sobre o género de objetos que oferece ao filho, recordar à criança, com insistência, motivos ou factos ocorridos pelos quais deverá ficar aborrecida com o outro progenitor. [Fotografia: Shutterstock]
Evitar mencionar o progenitor alienado em casa e instigar a criança a chamar o progenitor alienado pelo seu primeiro nome em vez do parentesco. Apresentar um novo companheiro à criança como sendo um novo pai ou nova mãe. [Fotografia: Shutterstock]
Intercetar telefonemas, cartas ou presentes do progenitor alienado, interrogar o filho depois de casa visita [Fotografia: Shutterstock]
Emitir falsas imputações de abuso sexual, uso de drogas e álcool. [Fotografia: Shutterstock]
Controlar excessivamente os horários das visitas, transformar a criança numa espia da vida do ex-cônjuge. [Fotografia: Shutterstock]
Organizar diversas atividades para o dia de visitas, de modo a torná-las desinteressantes ou mesmo inibi-las. Não comunicar ao outro progenitor factos importantes da vida dos filhos (rendimento escolar, agendamento de consultas médicas, ocorrência de doenças, etc).Tomar decisões importantes sobre a vida dos filhos, sem prévia consulta do outro progenitor (por exemplo: escolha de mudança da escola, de pediatra, etc). [Fotografia: Shutterstock]

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A manipulação dos filhos, na sequência de um divórcio ou separação, é uma realidade demasiado comum. Muitas vezes tratada como alienação parental, um conceito ainda longe de reunir consenso, a verdade é que são os mais pequenos quem continua a estar num centro de uma guerra que não é a deles.

Esta terça-feira, 25 de abril, comemora-se o dia Internacional de Consciencialização para a Alienação Parental e a Associação Portuguesa para a Igualdade Parental e Direitos dos Filhos (APIPDF) integra um movimento internacional que, afirmam os responsáveis da entidade, vai “agregar de forma organizada 25 países, em quatro continentes”, o que representa a adesão de “40 organizações”.

Para a associação, é “fundamental alertar a opinião pública para um fenómeno destrutivo que está presente nas dinâmicas da família da criança cujos progenitores geralmente estão divorciados ou separados”.

Prevê, por isso e ao longo de 2017, apresentar iniciativas que combatam a alienação parental. Para lá da publicação de literatura especializada, a APIPDF prepara “a apresentação de uma sugestão de proposta de alteração legislativa para a instituição da presunção jurídica da residência alternada” e quer lançar “uma petição para a sua discussão em Plenário da Assembleia da República”, lê-se no comunicado enviado pela associação.


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“A alienação parental é sempre uma arma de arremesso”, afirma Sandra Inês Feitor, advogada e académica portuguesa que se tem dedicado ao estudo desta matéria. Aliás, no livro – que decorreu da tese de mestrado – que escreveu, Síndrome da Alienação Parental – O Seu Tratamento à Luz do Direito de Menores, a académica elenca uma lista de mais de três dezenas de sinais que denunciam a existência de manipulação dos filhos contra os progenitores.

“A alienação tem lugar quando um conflito conjugal dá lugar a um conflito parental, em que a criança passa a ser o objeto da luta e passa a ser pano de fundo num processo em que ela deveria ser o foco de todas as atenções”, afirma Sandra Feitor.

Mas há muitos mais indicadores de que está perante o exercício de relação parental “abusiva, tóxica e tendencialmente exclusiva”.

E é pelo superior interesse da criança que pais, que têm responsabilidades sobre os seus filhos, devem ter cuidados na hora de pensarem ser manipuladores. Uma realidade que vai ser alvo de análise e estudo no segundo congresso lusobrasileiro de Alienação Parental, que decorre amanhã, 23, e terça-feira, 24 de janeiro, na Faculdade de Direito de Lisboa.


Conheça algumas iniciativas da sociedade civil que têm tido lugar em Portugal.