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Aprenda a ser feliz

Percorra a galeria de imagens para ver alguns dos conselhos de Tsering Paldron para ser feliz
Aceite a responsabilidade: é uma mudança radical de perspetiva, talvez um pouco assustadora
Liberte-se da culpa: é essencial compreendermos a diferença entre responsabilidade e culpa
Seja meiga consigo própria: se consultar um psicólogo ou mesmo o Google, encontrará mil e uma maneiras de aumentar a sua autoestima
Esteja atenta: a atenção que temos de desenvolver resulta de uma atitude espaçosa de plena consciência e não de uma vigilância paranóica e controladora
Medite: não tem nada de misterioso ou esotérico, nada que não sejamos capazes de fazer. Um amante da natureza pode sentir que se desconecta dos pensamentos enquanto caminha na floresta ou planta flores no seu jardim e um desportista faz o mesmo durante a prática do seu desporto
Não arranje desculpas: são mentiras que contamos a nós próprios para não lidarmos com as verdades que nos incomodam. O problema é que, quando escondemos a cabeça para não vermos a realidade, estamos a escamotear os problemas
Pare de se queixar: queixamo-nos de que o tempo está quente mas, se refrescar, queixamo-nos de que está frio; queixamo-nos da chuva ou da falta dela. Na realidade, tudo pode ser motivo de queixa para quem se foca nos aspetos negativos
Sinta-se grata: temos a pretensão de achar que não precisamos de nada nem de ninguém pois somos perfeitamente capazes de subsistir sozinhos. Além de falsa, esta ideia reduz a entreajuda a uma mera transação, cultivando a indiferença hostil como modo básico de relacionamento e excluindo definitivamente qualquer hipótese de gratidão em relação aos outros seres humanos
Sinta o contentamento: ao sentirmo-nos cada vez mais gratos pelo que possuímos, abrimos o coração e predispomo-nos a apreciar a vida. Naturalmente, como aprendemos a dar mais valor ao que temos, também começamos a ter um sentimento de maior satisfação

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A felicidade é um estado de espírito subjetivo. Enquanto uns a encontram em casa, rodeados pela família, outros só se sentem completamente felizes quando passam férias longe de tudo o resto, em destinos paradisíacos. No entanto, há algo que todas as pessoas têm em comum: querem ser felizes durante o maior período de tempo possível.

Esta segunda-feira comemora-se o Dia Mundial da Felicidade e, só em 2017, já perdemos a conta à quantidade de livros editados sobre o tema. Há poucos dias foi lançado O Livro da Alegria, de Dalai Lama, Archbishop Desmond Tutu e Douglas Abrams, mas a liderar os tops de vendas estão A Felicidade e Outras Pequenas Grandes Coisas, de Haim Shapira, Projetar a Felicidade, de Paul Dolan, Corra pela Sua Felicidade, de William Pullen, e O Hábito da Felicidade, de Tsering Paldron.

A última autora referida é portuguesa e, em novembro de 1973, trocou Portugal pela Bélgica, onde diz ter aprendido a ter jeito para ser feliz através do budismo tibetano. Na opinião de Tsering Paldron são várias as razões que levam à publicação de tantos livros sobre o tema, não só em território nacional como pelo mundo inteiro.

“É um misto de coisas. Por um lado, falar de felicidade está na moda. Por outro, esta moda tem, de facto, uma razão de ser. As pessoas começam a dar-se conta de que, independentemente das condições, lhes falta sempre alguma coisa”, explica ao Delas.pt Tsering Paldron.

Segundo o World Happiness Report de 2016, os portugueses fazem parte dos europeus menos felizes. A nível mundial, num total de 157 países, estão em 94º lugar, até atrás do Líbano e Paquistão.

“Quando pensamos nas condições de vida desses países, temos de convir que a causa da nossa insatisfação não tem tanto a ver com a qualidade de vida nacional mas sim com um certo estado de espírito”, afirma a autora.

Como pode o budismo ajudar a ser mais feliz?

Tsering Paldron começou por ouvir algumas palestras e identificou-se tanto com o budismo que, uns anos depois, decidiu fazer um retiro de três anos na Dordogne, em França. Através da meditação aprendeu a estar mais atenta ao presente, sem perder tempo a fazer comparações com o passado ou a projetar o futuro.

“Consideramos a maior parte dos nossos instantes como inúteis ou desinteressantes, como longos intervalos entre os poucos momentos relevantes. Ao abrir-me ao momento presente, descobri que não só ele é a nossa única realidade, como está repleto de sensações ricas e variadas, de um fantástico colorido e de uma quantidade de sabores. Tudo isto foi o que o budismo me ensinou porque, como digo muitas vezes, antes de o praticar não tinha muito jeito para ser feliz”, sublinha a praticante budista.

Contudo, não precisa de sair de Portugal para abraçar o budismo. Já existem milhares de praticantes e muitos simpatizantes por todo o país apesar de os maiores centros de prática se localizarem em grandes cidades como Lisboa e Porto.

“Já há um certo número de bons livros disponíveis em português. Graças à Internet, é possível também informar-se à distância através de vídeos, de textos e também de áudio. No meu site e-dharma.org estão muitos vídeos de palestras e cursos, e até um curso de introdução ao budismo”, revela Tsering Paldron.

Para a autora, a felicidade é uma escolha, mas não é fácil de alcançar. É algo que se tem de praticar diariamente para se tornar um hábito. Na galeria de imagens acima pode ver alguns dos conselhos para ser feliz que a autora refere no livro.

“Em vez de continuarmos a culpar os outros ou as circunstâncias, vemos o que podemos fazer com o que temos. E vamos descobrir que podemos fazer bastante para melhorar a qualidade da nossa vida. No caminho da felicidade este é, sem dúvida, o primeiro passo”, acrescenta a autora.

Ficha técnica do livro:

O Hábito da Felicidade, Tsering Paldron. Pergaminho, 16,60 euros