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As imagens que mostram as mudanças na vida das mulheres sauditas

Andar de bicicleta nas ruas da cidade de Jidá é uma das mudanças de que Amirah al-Turkistani pode usufruir. [Fotografias: REUTERS/Reem Baeshen]
A designer de 30 anos é professora na Universidade Internacional de Jidá.
A designer com uma aluna.
Amirah al-Turkistani brinca com os filhos na rua.
A designer faz questão de usar abayas e véus em tons claros e pastel.
Amirah al-Turkistani num café em Jidá.
A designer em casa com o pai.
Amirah al-Turkistani no supermercado com os filhos e o marido.
2018 é um ano de mudança para as mulheres sauditas [Fotografias: REUTERS/Faisal Al Nasser]
As mulheres vão poder conduzir automóveis, motas e camiões a partir de julho e muitas já começaram a ter aulas de condução.
As mulheres sauditas aprendem a conduzir.
Não são apenas os automóveis que as mulheres sauditas vão poder conduzir.
As mulheres sauditas vão poder conduzir os seus próprios carros a partir do verão.
As mulheres sauditas vão poder conduzir os seus próprios carros a partir do verão. Assim como motas e camiões.
No Dia da Mulher, 8 de março, as sauditas correram nas ruas de Jidá.
No dia da mulher, 8 de março, as sauditas correram nas ruas de Jidá.
2018 marca também a entrada de mulheres num estádio para assistir a um jogo de futebol.
2018 marca também a entrada de mulheres num estádio para assistir a um jogo de futebol.
2018 marca também a entrada de mulheres num estádio para assistir a um jogo de futebol.
O jazz também faz parte do gosto das mulheres sauditas, no que toca a concertos.
O jazz também faz parte do gosto das mulheres sauditas, no que toca a concertos.
Com a emissão das primeiras cartas de condução para mulheres, veio a oportunidade de criar os primeiros stands de venda ao público feminino.
Com a emissão das primeiras cartas de condução para mulheres, veio a oportunidade de criar os primeiros stands de venda ao público feminino.

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Amirah al-Turkistani estudou em Boston, nos Estados Unidos da América, mas, em 2015, depois de concluir os estudos, resolveu regressar ao seu país natal, a Arábia Saudita, para surpresa e escárnio dos amigos conta a reportagem da Reuters, que retrata o atual dia-a-dia da designer, na cidade de Jidá.

O reino muçulmano ultraconservador é apontado como um dos piores países do mundo no que toca aos direitos e liberdade das mulheres. Além dos restritos códigos de vestuário que obrigam os habitantes do sexo feminino a cobrir e a esconder as formas do corpo, assim como os cabelos, há proibições diversas a que as sauditas estão sujeitas, como abrir uma conta bancária, obter a custódia dos filhos em caso de divórcio, viajar sem a autorização de um guardião masculino ou, simplesmente, nadar.

Mas recentemente o país deu início uma série de reformas reais, que conferiram alguns direitos às mulheres. O decreto real que permitiu a emissão de cartas de condução ao sexo feminino foi uma delas. A partir do verão as sauditas poderão conduzir carros, motas e camiões. Também já é possível às mulheres daquele país do Médio Oriente assistir a jogos de futebol ou alistar-se nas forças armadas. Aparentemente são pequenos progressos, se comparados com os direitos que as mulheres de outros pontos do globo já alcançaram, mas que já se começam a fazer sentir no dia-a-dia das sauditas, como revela Amirah al-Turkistani.

Ainda que viva em Jidá, uma das cidades mais abertas do país, a designer assinala diferenças significativas, não apenas por via das reformas governamentais e na alteração das leis, mas também pela mudança das mentalidades, que lentamente se vai notando.

“Jidá hoje não é a mesma que há cinco, seis anos”, começa por afirmar, exemplificando: “O escrutínio em relação às roupas (tornou-se mais ligeiro), há mais sítios para ir, e as oportunidades de trabalho para as mulheres são as mesmas que para os homens.

Andar de bicicleta nas ruas da cidade é uma das novidades de que a designer de 30 anos tira partido. Continua a usar abayas, obrigatórias por lei e símbolo da fé muçulmana, mas em vez do preto as suas são em tons claros e leves.

Na fotogaleria, em cima, pode ver imagens da rotina de Amirah al-Turkistani e outras que testemunham as mudanças recentes na vida das mulheres sauditas.