A segunda temporada de Euphoria – depois de um episódio intercalar – já tem data de estreia em Portugal: 10 de janeiro, na HBO Portugal. A atriz Zendaya está de regresso à serie que a catapultou, que lhe valeu prémios, um salto para o estrelato e que a levou a não deixar nada como antes.
Nesta história produzida por Drake e assinada por Sam Levinson, o trailer já foi apresentado e mostra Rue a saltar e a dançar, no seu quarto, ao som de Call Me Irresponsible, de Frank Sinatra, na interpretação de Bobby Darin. Porém, o ambiente calmo e sereno rapidamente muda e mostra-se, de novo, a escuridão e intensidade da série.
Contudo, Euphoria não é só uma série sobre violência, drogas e sexo, é também um importante marco no mundo da moda e a personagem de Zendaya já lançou algumas tendências.
A sua personagem, Rue Bennett, é dona de um estilo muito próprio e que recorre a roupas bastante largas e confortáveis, um estilo que tem vido a ganhar terreno fora do universo da série.
Com Rue Bennet, as roupas oversized ganharam outra importância na moda e cada vez mais as marcas apostam em camisolões e casacos largos, por exemplo. Marcas como a Berska ou a H&M são exemplo disso e nas últimas coleções apostaram em peças como as sweats.
Mas não só a moda foi afetada com o fenómeno Euphoria, também a maquilhagem sofreu algumas alterações e ganhou novas tendências. Apesar de a personagem de Zendaya ser a mais desportiva e a que menos maquilhagem usa quando surge em cenas mais psicadélicas em festas, as embaixadoras desta revolução foram sobretudo Jules (Hunter Shafer) e Maddy (Alexa Demie).
Também Rue Bennet, em alguns momentos, aparece no ecrã com uma maquilhagem forte, colorida e brilhante, uma tendência que passou para o mudo real e que foi adotada por muitos dos espetadores que apostam no glitters tal como Rue.
Apesar de Euphoria ser um marco importante na carreira de Zendaya e o papel que rompeu para sempre da imagem da Disney, a atriz, de 25 anos, cresceu e tornou-se num dos ícones de Hollywood e da moda.
Ainda em novembro deste ano, Zendaya foi eleita ícone da moda de 2021 na gala dos prémios Council of Fashion Designers of America, a gala mais importante no mundo da moda. Esta distinção tornou-a na pessoa mais nova de sempre a receber o prémio e juntou-a a nomes como Beyoncé e Naomi Campbell. A também modelo deslumbrou na passadeira vermelha da gala, com uma criação de Vera Wang, um conjunto vermelho composto por um crop top e uma saia comprida.
Mas o triunfo de Zendaya não ficou por ai. A jovem artista também já foi capa da Vogue por diversas vezes e é foco de atenção em diversos eventos pela escolha ousada de outfits. Zendaya é uma estrela e ascensão e apesar da sua tenra idade é o rosto de marcas como Tommy Hilfiger, Lancôme, Bulgari e Valentino.
Também em 2013 lançou a sua própria linha de roupa “Daya by Zendaya”, uma marca que aposta em roupa com um design sem género e tamanhos mais alargados.
No mundo cinematográfico Zendaya também tem dado cartas e cada vez mais entra em produções de grande escala e conta com filmes como “O Homem Aranha: Regresso a Casa”, “Malcom & Marie”, da Netflix, ou “Duna” no currículo.
Novos problemas, novo olhar
No entanto, a revolução causada por Euphoria e Rue não ficam por aqui. A série conseguiu trazer a debate temas como o transtorno obsessivo compulsivo, ansiedade, síndrome do pânico e o sofrimento silencioso que terminou no consumo de drogas.
Com especial foco na adolescência, a trama trouxe uma visão nova, profunda e obscura sobre os problemas que os jovens enfrentam no seu dia-a-dia.
Mas nem só de transtornos e ansiedade trata a serie, temas como a sexualidade e a causa LGBT+ são retratados através da personagem Jules, uma modelo transexual e que divide a trama com Rue. As restantes personagens não estão mais serenas que Rue e Jules e também se encontram numa busca contínua pela aceitação dos seus pares, uma luta onde a tecnologia ganha um papel importante devido ao controlo através de imagens íntimas e o rápido acesso a pornografia.
Euphoria trouxe assim um olhar novo e ao mesmo tempo perturbador sobre os anseios e distúrbios da camada juvenil que obrigaram os telespetadores a encarar os problemas e a ver a ansiedade com outros olhos.