
Os problemas de relacionamento que as crianças têm na escola – sejam físicos ou psicológicos, sejam verbais ou sexuais – constituem, muitas vezes e por muito tempo, verdadeiros mistérios para os pais. Sobretudo porque é natural que os filhos não queiram falar deles.
Há, porém, um conjunto de sintomas ou sinais que permitem ajudar a levantar o véu sobre este drama e atuar em conformidade, caso haja suspeita. Indicações relevantes que devem captar a atenção e que devem ser faladas com frequência, sobretudo este domingo, 20 de outubro, que se assinala o dia Mundial de Combate ao Bullying.
As alterações de comportamento dos mais pequenos, pouco comuns naquilo que é a personalidade deles, devem suscitar um alerta imediato. Se as perturbações se mantiverem ao longo do dia, então é sinal de que é mesmo preciso sentar e conversar para perceber o que está a mudar. Só assim se despistam alterações que chegam com a adolescência. Porém, uma vez descartadas aquelas modificações, é tempo de prestar a devida atenção ao seguinte:
- Decréscimo brusca do rendimento escolar
- Alterações de humor frequentes: com especial incidência para a tristeza
- Facilidade em ficar ansioso sempre que se aborda o tema da escola
- Ataques de impaciência sem uma explicação aparente
- Irregularidades do sono e do apetite
- Dificuldade em prestar atenção
- Isolamento social (evitar estar com os amigos, pouco interesse por eles)
- Evidência de timidez e insegurança
Numa primeira fase e uma vez identificados os sintomas, é importante conversar e estabelecer confiança para que a criança fale sobre o que está a viver ou a pensar. Tornar a situação comum ou desvalorizá-la pode não ajudar e pode até levar ao silêncio. É, por isso, importante, ouvir até ao fim e pedir relatos concretos de episódios.
Numa segunda fase, é relevante procurar confirmar esses mesmos factos e contactar a escola para poder recolher mais informação, e até, consoante a gravidade da situação, pedir ajuda psiquiátrica.
CB