Cães de companhia conseguem detetar Parkinson através do faro

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[Fotografia: Pexels/Barbnabas Davoti]

Cientistas descobriram que quem padece da doença de Parkinson produz substâncias exclusivas que são detetáveis através do suor. Para tal, juntaram 23 cães de raças, idades e origens distintas e submeteram-nos a testes.

Os resultados impressionam, indicando uma taxa de precisão de quase 90% de deteção da doença, mais concretamente em 86% dos casos das pessoas que têm a doença e ignorando em 89% junto de quem não a tem. Alguns cães identificaram os casos numa percentagem acima dos 90%.

A investigação passou por oferecer aos cães camisas com as quais dos indivíduos do teste dormiam ou mesmo um cotonete com o odor das costas e do pescoço das pessoas que integraram a amostra da análise.

Nesta pesquisa, que integra o projeto PAD’s for Parkinson’s e que chega do Cold Spring Harbor Laboratory, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, os cães estiveram sob análise desde janeiro de 2016.

Os resultados, contudo, alicerçam-se nos últimos dois anos do estudo, em que os animais de companhia foram sujeitos a 200 dias de sessões e que tiveram lugar entre 2021 e 2022.

Mas se os resultados são promissores no que ao diagnóstico diz respeito, importa agora para os cientistas detetarem, afinal, quais são os compostos do suor que acionam esta deteção. Para já, as pistas apontam para um ou mais compostos orgânicos voláteis que estão presentes no sebo de pacientes positivos para Doença de Parkinson.

Esta descoberta inicial (que pode consultar no original aqui) deverá agora ser sujeita a revisão por outros grupos de cientistas.