Costuma deitar muitos alimentos fora porque não são consumidos rapidamente e acabam por estragar-se? Há uma técnica antiga que agora voltou a estar na moda por permitir conservar e até melhorar a qualidade de tudo aquilo que come. Chama-se fermentação e surgiu quando não existiam frigoríficos nem congeladores para conservar os alimentos durante muito tempo.
Todos os alimentos podem ser fermentados. No entanto, os hidratos de carbono são os mais fáceis de sujeitar ao processo porque a fermentação alimentar favorece este macronutriente. Ainda assim, é comum encontrar legumes fermentados, fruta, cereais, carne, peixe, ovos ou laticínios como o queijo.
Veja as vantagens desta técnica de conservação:
São ricos em microorganismos benéficos que contribuem para um microbioma saudável. Estes probióticos competem com microorganismos patogénicos que se alojam no sistema digestivo;
São mais fáceis de digerir, já que resultam da pré-digestão feita por microorganismos benéficos. Caseína e lactose dos produtos lácteos e glúten dos pães são metabolizados em nutrientes mais fáceis de digerir;
Apresentam maior disponibilidade de nutrientes existentes nos alimentos;
São ricos em enzimas que nos ajudam na digestão daquilo que comemos;
Apresentam novos sabores e texturas – a maior parte dos alimentos que consideramos gourmet são fermentados. O dióxido de carbono por eles produzidos dá a estrutura insuflada ao pão e a gaseificação de certas bebidas;
Resultam de um processamento que não recorre nem a aquecimento nem a refrigeração;
Na sua produção desenvolvem-se nutrientes pela ação dos microorganismos como vitaminas B e K.
São eficientes na redução de tóxicos ambientais ou fito-tóxicos, como é o caso do ácido fítico.
