A perda de visão é uma das consequências mais comuns do envelhecimento. A catarata ocular, em particular, afeta 64% das pessoas com mais de 70 anos e as mulheres são ligeiramente mais afetadas que os homens. Andreia Rosa, oftalmologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), dedicou-se ao estudo desta doença e foi distinguida com um prémio Pfizer, atribuído anualmente por esta farmacêutica e pela Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa aos projetos de investigação básica na área da biomédica.
Na investigação que a levou a ganhar um prémio, a oftalmologista associou, pela primeira vez, as queixas dos doentes com lentes multifocais à atividade funcional do cérebro em tempo real. Uma descoberta que vai permitir, no futuro, selecionar melhor as lentes implantadas nos doentes com cataratas.
“Esperamos contribuir para o desenvolvimento de melhores lentes, para a melhor seleção da lente para cada doente e para um melhor tratamento dos sintomas que alguns doentes apresentam, sobretudo com lentes multifocais, mas não exclusivamente com estas”, revelou a oftalmologista.
Quem tem alta miopia ou diabetes tem maiores probabilidades de vir a ter cataratas. No entanto, esta doença ocular também está associada à toma de alguns medicamentos. É, por isso, necessário estar atento aos sintomas (pode ver quais são na galeria de imagens acima) e evitar comportamentos de risco.
“Há outros fatores de risco como a radiação ultravioleta B, tabagismo e alcoolismo que podem ser evitados, mas o grande fator de risco para a catarata é o envelhecimento”, acrescentou Andreia Rosa.
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