Como saber se o álcool gel não é peganhoso e seca rápido

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A pandemia provocado pela Covid-19 fez com que andássemos sempre com um álcool gel na mala, bem como outros itens como máscara ou sacos de plástico. Mas será que sabe quais os melhores desinfetantes paras as mãos, que não sejam pegajosos e que sequem rápido?

Sabemos que usar o álcool gel muitas vezes nas mãos faz com que as mesmas ressequem, sendo importante hidratá-las de seguida. Também existem soluções melhores do que outras, tendo em conta a percentagem de álcool, mas não só.

Que atire a primeira pedra quem nunca comprou, ou utilizou numa loja ou restaurante, um desinfetante que ficasse pegajoso e que não secasse rapidamente. Mas há truques para que consiga fazer esta escolha de forma ideal, sem comprometer as suas mãos e a proteção devida.

Existem alguns ingredientes que evitam a desidratação da pele, tal como a glicerina, o aloe vera ou diferentes tipos de óleos essenciais. Mas estes produtos, por sua vez, podem criar alguma sensação desconfortável nas mãos, depois de aplicados.

Existem alguns desinfetantes que são hidro alcoólicos e que, por isso, são muito líquidos. Normalmente escorregam facilmente das mãos e têm um cheiro muito intenso a álcool. Podem até evaporar de forma rápida, mas acabam por deixar as mãos com uma sensação de secura mais intensa.

Já outros, por outro lado, são mais gelatinosos e podem até cheirar bem, mas acabam por levar mais tempo a evaporar e tendem a deixar uma sensação mais pegajosa nas mãos. “Os géis para lavar as mãos têm álcool e um excipiente, que geralmente é a glicerina. Mas muitas outras coisas também são adicionadas, por exemplo, aloe vera ou outros ingredientes. Daí a viscosidade que alguns produzem”, explica Julián Conejo-Mir, chefe de Dermatologia do Hospital Universitário Virgen del Rocío, Espanha, à revista S Moda.

Mas, será que é mesmo necessário adicionar estes ingredientes extras, que não desinfetam e, além disso, deixam as mãos oleosas? Parece que não.

Neste tipo de produtos, o ingrediente principal é mesmo o álcool. Este não passa de um mero álcool etílico, que é um antissético com ação bactericida e desinfetante. “É muito volátil e evapora rapidamente em contacto com o ar, daí a sensação de absorção imediata. Mas também resseca a pele”, afirma ao mesmo meio de comunicação Patricia Castro, farmacêutica e técnica dos Laboratórios Babé.

Outros ingredientes, que geralmente estão presentes neste tipo de produtos, são o aloe vera e a glicerina. A sua função é impedir que a humidade saia da pele e proteger os lípidos na camada córnea. Estas substâncias tornam-se, então, o contrapeso do álcool, criando uma película protetora oleosa que minimiza a desidratação da pele.

E é nesta questão que, segundo os especialistas, está o ponto principal para a sua escolha: quanto maior é o teor de glicerina, menos prejudicial o produto é para as suas mãos mas, em contrapartida, também existem mais células capazes de deixar um resíduo entre o oleoso e o pegajoso após a aplicação.

Se olhar para a lista de ingredientes da maior parte destes produtos, verá que encontrará um produto chamado de hidroxipropilcelulose, cuja função é apenas dar uma textura de gel ao álcool. Este produto não é necessário para desinfetar, mas engrossa o produto e torna a aplicação mais confortável, sem que o líquido escorregue entre os dedos.

Em suma, os produtos mais pegajosos são também os que protegem mais a sua pele, promovendo a sua hidratação. Ver a lista de ingredientes destes produtos fará com que entenda melhor se essa é uma solução com mais álcool ou mais ingredientes que promove a hidratação, fazendo a sua escolha de acordo com o que mais gosta.