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Conheça as vantagens e desvantagens de todos os métodos contracetivos

Anel vaginal: anel flexível para ser introduzido pela utilizadora na vagina. Tem a vantagem de ser o método hormonal combinado com a menor dose libertada, permitir um excelente controlo do ciclo e uma baixa incidência de efeitos laterais e sintomas adversos. Tem a desvantagem de obrigar a manipulação da região genital e a alguns receios da utilizadora de poder sentir dor com a sua utilização, nomeadamente durante as relações sexuais
Adesivo cutâneo: existem duas opções de contracetivo por via cutânea, uma que está no mercado há cerca de 12 anos e outra que foi lançada em novembro de 2015. Apresenta a vantagem de ser uma alternativa às pílulas orais com a introdução de um adesivo de aplicação semanal. Tem a desvantagem de, ao ser escolhido um progestativo pouco adequado à via transdérmica, obrigar a que o adesivo apresente grandes dimensões, seja pouco discreto e quadrado
Mini adesivo contracetivo: a versão lançada em 2015 por toda a Europa veio a ser a primeira inovação em contraceção pela pele nos últimos 10 anos. Tem a vantagem de se tratar de um adesivo de aplicação semanal, sendo que a escolha de um progestativo de terceira geração, potente e com qualidade técnica mais evoluída permite que o adesivo seja pequeno. Apresenta como desvantagem algumas queixas cutâneas de hipersensibilidade com cerca de 8% das utilizadoras
Dispositivo intrauterino libertador de cobre (D.I.U.): dispositivo para ser colocado pelo médico dentro do útero da utente, com matriz plástica em forma de T com libertação de cobre para 5/10 anos de utilização. Tem a vantagem de ser totalmente inerte, desprovido de hormonas, eficaz e de baixo custo para contraceção de longa duração. Tem a desvantagem de, em algumas doentes, aumentar o fluxo menstrual com consequente mais dor e maior risco de anemia
Sistema intrauterino libertador de hormona (S.I.U.): existem dois dispositivos para serem colocados pelo médico dentro do útero da utente, um com matriz de silicone em forma de T com libertação de uma hormona para três anos e outro com uma maior libertação de hormona e cinco anos de eficácia contracetiva. Têm a vantagem de, ao libertar uma hormona que vai atuar preferencialmente dentro do útero, serem muito bem tolerados. Têm a desvantagem de poder dar cefaleias
Implante subcutâneo libertador de hormona: é um bastonete flexível, de um polímero macio, radiopaco com quatro centímetros de comprimento e dois milímetros de espessura. Tem a vantagem de poder ser utilizado por uma grande quantidade de mulheres, é de fácil colocação e remoção. Está indicado para utilizadoras muito jovens pois não interfere com a criação do pico de massa óssea. Tem a desvantagem de não permitir um bom controlo do ciclo na totalidade das utilizadoras
Injeções trimestrais de hormona progestativa: método apenas com progestativo que consiste na injeção de três em três meses de medroxiprogesterona para garantir um bloqueio do ciclo menstrual e assim a eficácia contracetiva. Tem a vantagem de ser um método altamente eficaz e a desvantagem de, ao garantir uma forte frenação do ciclo menstrual, diminuir a secreção de estrogénio, o que acarreta uma diminuição da fixação de cálcio no osso
Cones vaginais, diafragmas, espermicidas e o preservativo feminino: taxas variáveis de eficácia, sempre inferiores aos restantes métodos já referidos, sendo bastante dependentes da correta utilização. Tem a desvantagem de o preservativo feminino apresentar custos mais elevados que o preservativo masculino
Métodos de esterilização definitiva (laqueação tubária e vasectomia): métodos definitivos, irreversíveis, que obrigam a intervenção cirúrgica. Têm a vantagem de não apresentar efeitos laterais e a desvantagem dos riscos de uma intervenção cirúrgica e do arrependimento
Novas pílulas orais: com progestativos mais seletivos, mais bem tolerados, com menores doses hormonais e menos riscos trombóticos para serem tomadas de forma contínua e com ausência de perdas hemáticas
Novo anel vaginal: com nesterona e etinilestradiol para ser utilizado durante três semanas em contínuo e uma semana de pausa
Spray contracetivo feminino: com libertação cutânea de um progestativo que é absorvido após suave massagem
Implante subcutâneo com levonorgestrel: com duração estimada de 16/18 anos com um microprocessador que controla a libertação da hormona
Pílula oral masculina: com desogestrel e testosterona. Promissora em ensaios de fase II realizados no Reino Unido na Coreia do Sul
Injeções hormonais masculinas e adesivos hormonais masculinos: em ensaios clínicos de fase I e fase II, alguns já interrompidos pelos efeitos laterais e baixa tolerância
Preservativo: é de fácil aquisição e é o método ideal para relações ocasionais ou imprevistas. Tem a desvantagem de, se for mal aplicado ou utilizado mais de uma vez, poder romper, não evitando a transmissão do sémen
Pílula feminina: proporciona menstruações mais regulares e com menor fluxo. Tem a desvantagem de exigir que seja tomada diariamente. A sua eficácia também é condicionada por alterações do estômago

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A quantidade e variedade de métodos contracetivos que existe atualmente já permite a cada mulher escolher aquele que melhor se adapta às suas expectativas, modo de vida, receios e preocupações. Só tem de pedir aconselhamento médico e escolher.

“O aconselhamento em contraceção deve ser efetuado por um médico independentemente de ser especialista em ginecologia ou não”, explicou ao Delas.pt o ginecologista Cláudio Rebelo.


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Os desenvolvimentos nesta área já permitem que as vantagens dos vários tipos de contraceção consigam ir além de evitar uma gravidez não desejada. A maioria possibilita uma vivência mais completa da sexualidade, controla dores do ciclo menstrual e ajuda nas transições da adolescência e da perimenopausa.

Os anticoncecionais orais (ACO) – pílulas –, lideram as preferências das mulheres em todo o mundo.

“São a forma de contraceção mais utilizada em todo o mundo desenvolvido. Apesar de possuírem elevada eficácia estão associados a falhas por esquecimento que diminuem muito a eficácia real, acarretando o risco de gravidezes não planeadas ou não desejadas”, sublinhou o ginecologista.

Para o futuro, os especialistas na área da contraceção esperam proporcionar um maior envolvimento da população masculina. “Bem como a escolha por métodos menos dependentes dos utilizadores, reversíveis mas de longa duração”, acrescentou Cláudio Rebelo.

Veja, na galeria de imagens acima, os novos contracetivos e os mais conhecidos e utilizados.