Um escritório de advogados norte-americano processou a Walt Disney Co., esta terça-feira, alegando que a empresa paga, de forma sistemática, mais aos homens do que às mulheres. A Andrus Anderson LLP, com sede em São Francisco, nos EUA, pretende representar todas as mulheres que trabalham nos Walt Disney Studios, na Califórnia, desde 2015.
Para avançar com o processo, o escritório de advogados alegou que a Disney não tem um mecanismo interno para assegurar que as mulheres recebem o mesmo do que os homens pelo mesmo trabalho.
“Como outras empresas que operam sem transparência, coerência e responsabilidade, a liderança da Disney tende a valorizar mais os trabalhadores masculinos do que os trabalhadores femininos“, explicaram os responsáveis pelo Andrus Anderson LLP à revista Variety.
Um porta-voz da Disney já veio negar as alegações. “O processo não faz sentido e vamo-nos defender vigorosamente contra ele“, afirmou.
A ação legal surgiu depois de uma denúncia de duas funcionárias da Disney, Karen Moore e LaRondaRasmussen, que trabalha como analista financeira para a empresa há 11 anos e levantou esta questão da remuneração há três anos, juntos dos recursos humanos. Na altura tinha um salário base anual de 109 958 dólares (97 mil euros) e descobriu que seis homens, que tinham exatamente o mesmo cargo e as mesmas funções, ganhavam salários que chegavam a ser 40 mil dólares (35 mil euros) mais elevados que o seu.
Em novembro de 2018 recebeu um aumento de 25 mil dólares (22 mil euros), mas o processo alega que, ainda assim, o valor é significativamente inferior à média masculina. Além de LaRonda Rasmussen, outras duas funcionárias receberam aumentos consideráveis.
O escritório de advogados norte-americano que interpôs agroa este processo contra a Disney já tinha feito o mesmo contra empresas como a Intel, Steptoe & Johnson e Farmers Insurance.
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