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Diz-me o que comes, dir-te-ei como serão os teus filhos

Percorra a galeria e veja algumas dicas e receitas de especialistas que promete transformar as refeições em família numa festa, sem lágrimas [Fotografias: Shutterstock]
A primeira dica de Filipa Sommerfeldt é para dar liberdade de escolha ao seu filho: ao oferecer escolhas ao seu filho, vai mostrar-lhe que o respeita e, acima de tudo, vai permitir-lhe algo por que ele anseia e pelo qual tem lutado consigo: o controlo
Faça as refeições em modo self-service: uma tática que normalmente funciona bastante bem é fazer as refeições em modo self-service, ou seja, permitir que o seu pequenino se sirva sozinho
Ao alcance da vista: tenha sempre uma seleção de vegetais preparados no frigorífico em tacinhas à altura do pisco aí de casa
Um doce por dia: há miúdos que são viciados em açúcar
Ofereça um legume e uma fruta em todas as refeições: costumam ser os alimentos que mais frequentemente se encontra na lista dos arqui-inimigos das crianças
Deixe-o cuspir (mas com modos!): um dos grandes pavores dos miúdos pode ser bem entendido quando nos colocamos no seu lugar. Imagine-se com algo nojento na boca... E saber que tem de o engolir... Provavelmente, da próxima vez que tiver algo de novo para provar não o vai querer fazer, certo? Quando o seu filho provar, diga-lhe que pode deitar fora se ele quiser
Faça pratos divertidos: é muito útil para os pequenotes que não são grandes fãs de comida
Disfarce, mas não sempre: disfarçar constantemente alimentos pode ter um efeito contrário ao que esperávamos
Veja agora receitas de Ágata Roquette. Torradas de batata-doce. Ingredientes: 1 batata-doce e recheio a gosto. Preparação: corte a batata-doce às fatias compridas, com cerca de meio centímetro de espessura. Não devem ficar demasiado fininhas. Coloque as fatias na torradeira. Conforme a potência da torradeira, pode ter de colocar uma segunda vez para que fiquem com a consistência desejada. As torradas ficam douradas e tostadas em algumas zonas. Barre a fatia de batata com manteiga, azeite, doce ou manteiga de amendoim/amêndoa, ao gosto do seu filho
Bolo de chocolate. Ingredientes: 2 ovos, 3 colheres de sopa de mel, 1/2 chávena de chá de óleo de coco, 1 chávena de chá de leite, 1 chávena de chá de farinha de aveia, 1 chávena de chá de farinha de trigo integral, 1 colher de café rasa de bicarbonato de sódio, 1 colher de café rasa de sal, 1/2 chávena de cacau em pó e 1 colher de sopa de fermento em pó. Preparação: bata no liquidificador os ovos, o mel, o óleo e o leite. De seguida, junte as farinhas, o bicarbonato, o sal e o cacau em pó. Bata por mais alguns minutos. Depois, adicione o fermento cuidadosamente. Leve ao forno pré-aquecido a 180 °C, durante cerca de 30 minutos
Chips de curgete. Ingredientes: 1 curgete, 1 colher de sopa de azeite, sal, pimenta e alho em pó q.b. Preparação: Descarte as extremidades e corte a curgete em rodelas muito fininhas. Forre com papel vegetal um tabuleiro de ir ao forno e disponha as rodelas no tabuleiro, de preferência não sobrepostas. Pincele as rodelas de curgete com azeite. Tempere as rodelas de curgete com sal, pimenta e alho em pó. Vire as rodelas de curgete, pincele com azeite e tempere novamente (só um pouco). Leve ao forno durante cerca de 25 minutos a 180-200 °C
Piza. Ingredientes para a massa: 180g de farinha integral ou de espelta integral, 1 colher de sobremesa de fermento seco, 1/2 copo de água e 1 pitada de sal. Para o recheio: molho de tomate, vegetais a gosto, 100g de queijo mozarela magro, proteína a gosto (frango cozido, atum, gambas cozidas...), orégãos, manjericão, sal e pimenta. Preparação: num recipiente de vidro, coloque a farinha, o fermento e o sal, e misture. Junte a água aos poucos e mexa com uma colher ou forme a massa com as mãos. Vá adicionando a água e, se necessário, junte mais farinha. Faça uma bola e reserve. Coloque a massa sobre uma folha de papel vegetal, junte um pouco de farinha e estenda. Depois, passe a massa com um rolo até obter o tamanho e o formato de piza pretendidos. Coloque a massa da piza com o papel vegetal no tabuleiro de piza e, com a ajuda de um garfo, faça pequenos buracos na massa. Leve ao forno durante 10 minutos ou até a massa alourar. Retire a massa do forno. Recheie a gosto. Leve novamente ao forno até gratinar

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A alimentação e educação dos pais influencia a aquisição de hábitos alimentares na infância, refere um estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) a propósito do Dia Mundial da Alimentação, que se assinala esta terça-feira, 16 de outubro, e que acompanhou a evolução dos hábitos alimentares de cerca de cinco mil crianças, com quatro e sete anos, da cidade do Porto.

Sofia Vilela, autora do estudo e investigadora da Unidade de Investigação em Epidemiologia do ISPUP, explicou à agência Lusa que o estudo, desenvolvido desde 2014, evidenciou “o papel fundamental” dos pais como “atores principais” na educação alimentar e criação de hábitos nas crianças. Na galeria acima veja como pode promover a alimentação saudável dos mais pequenos, evitando as birras e os ‘não gosto’!

“Os pais são os atores principais nesta questão e nem sempre percecionam que os laços que estabelecem e o que cedo ensinam a estas crianças se vai manter ao longo da vida. É importante que os pais entendam que o desenvolvimento da criança está relacionado com uma maior e melhor nutrição ao longo do dia“, afirmou Sofia Vilela.

Com o objetivo de perceber “se os hábitos se mantinham ou alteravam ao longo da infância”, a investigadora analisou questões como a qualidade alimentar, o consumo de alimentos energéticos, o número de refeições, a variedade alimentar e ainda os fatores que influenciam a aquisição de hábitos alimentares. Segundo Sofia Vilela, o estudo revelou existir “uma estabilidade nos comportamentos alimentares das crianças”, algo que acredita estar relacionado com “uma maior variedade alimentar”.

“Concluímos que as crianças que são expostas a uma maior variedade de alimentos, como diferentes tipos de fruta, vegetais, carnes e peixes, têm uma melhor relação com a comida, visto que têm maior prazer e se tornam menos seletivas“, salientou. O estudo, desenvolvido no âmbito do Programa Doutoral em Saúde Pública da Universidade do Porto (UP) intitula-se Tracking the acquisition of eating habits in children and its effects on behaviours related to appetite and on adiposity.

O estudo, que incluiu também a participação de cerca de 500 crianças num inquérito alimentar nacional e de atividade física (IAN-AF), revelou que as crianças que praticam “menos de seis refeições por dia (entre refeições principais e lanches) apresentam um maior risco de vir a ter excesso de peso e obesidade“, questão que a investigadora acredita merecer “uma maior atenção por parte pais”.

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“Muitas das vezes os pais não percecionam que a criança tem excesso de peso e isso resulta na conservação dos mesmos hábitos alimentares. Esta é uma questão que merece a atenção dos pais, porque tem impacto quer na alimentação das crianças, quer no risco de poderem vir a ter excesso de peso”, acrescentou.

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