Emprego: 5 formas para conter os nervos na entrevista e ficar com o trabalho

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Ser chamada para uma entrevista de emprego nos dias que correm já é espetacular e arrisca a ser ainda mais a breve trecho.

Em Portugal e tendo em conta os efeitos causados pela pandemia provocada pelo novo Coronavírus, o número total de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 37% em julho em termos homólogos e 0,2% face a junho.

De acordo com os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional, reportados no final de junho, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 407.302 desempregados, número que representa 74,5% de um total de 546.846 pedidos de emprego.

Números ainda mais preocupantes quando há já alertas para a vulnerabilidade da situação das mulheres face aos empregos – com especialistas já a chamarem à atenção para essa realidade – e as entidades a revelarem que são 6560 os casais em que ambos cônjuges estão inscritos nos centros de emprego, verificando um aumento de 22% em julho face ao mesmo mês de 2019.

Portanto, qualquer que seja a oportunidade que surja no horizonte é preciso agarrá-la com unhas e dentes. O problema é que apesar do curriculum fantástico e das experiência de vida que já se tem, quando se chega à entrevista os nervos dão cabo de tudo: há quem gagueje, há quem se perca a falar sem rumo, há até quem fique corado por ser o centro das atenções. E o resultado de tudo isto pode ser catastrófico.

Mostramos-lhe como preparar-se para a entrevista e conter os nervos e conseguir ficar com o lugar.

1. Prepare-se para perguntas difíceis: “Quanto quer ganhar?”, “Quer falar-me de si?”, “O que é que fez nestes dois anos em que não esteve em nenhuma empresa?” são questões que lhe vão colocar. Leve as respostas a estas e outras frases que lhe possam colocar. Responda sempre o melhor possível, de forma positiva. Se esteve desempregada explique como aproveitou esse tempo: formou-se, diversificou os seus conhecimentos, fez voluntariado numa instituição concreta. Fale de todos os períodos que viveu com otimismo e conte, honestamente, o que é que aprendeu nos períodos menos bons.

2. Escreva as respostas às perguntas difíceis, edite, melhore o texto leia-as muitas vezes. Se puder leia-as em voz alta tantas vezes que elas acabarão por lhe ficar na memória. Não tente decorá-las mas apenas saber exatamente o que vai dizer. Diga as frase em frente ao espelho. Filme-se em modo selfie e decida o que soa bem e o que soa estranho. Desta forma, quando lhe fizerem as perguntas difíceis não irá hesitar. Há de responder a tudo com confiança, provavelmente com um sorriso e com uma linguagem corporal apropriada a quem exala confiança.

3. Faça uma pesquisa sobre o seu novo empregador. Saiba tudo sobre a atividade: cotado em bolsa, pequena empresa, inovadora, mudou de liderança há pouco tempo, está a ganhar mercado. Se tiver uma historieta familiar com a empresa melhor. Conte, por exemplo, que quando era pequena via sempre o Hotel X do sítio onde passava férias e que agora cresceram os dois: o Hotel X é um grupo hoteleiro e a sua ideia é ir trabalhar lá. Vai causar um sorriso, mostrar que conhece o grupo e pode ter a certeza que se vão lembrar de si por causa desta história.

4. Faça exercício físico pelo menos 24 horas antes. A ginástica, seja ela qual for, melhora a disposição, oxigena o cérebro e ajuda-a a ficar muito mais disponível para reagir ao inesperado. Porque o inesperado também acontece nas entrevistas de emprego.

5. Descanse. Durma o melhor e o máximo que puder, evite festas, noitadas, álcool, café e, se puder, evite a ansiedade e as insónias. Esteja no seu melhor, tente não estar cansada, porque isso vai beneficiar o seu aspeto físico e, ainda mais, a sua capacidade de pensar, relacionar factos e criar empatia com as pessoas que o entrevistam.

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