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Botox facial pode comprometer o prazer sexual

Percorra a galeria de imagens e fique a par de outras curiosidades sobre o botox. [Imagens: Shutterstock]
O botox não serve para preencher rugas, o que este tratamento estético faz é relaxar os músculos evitando que estes se contraiam e por isso evitando o aparecimento das rugas.
O botox é o nome mais comum para se designar a toxina butolínica, que é o elemento principal deste tratamento.
A toxina butolínica é um dos venenos mais potentes do mundo. Apenas um grama desta toxina pode matar mais de um milhão de pessoas. Cada ampola de Botox tem uma quantidade extremamente reduzida deste elemento, por isso seria preciso aplicar entre 50 e 70 ampolas de produto ao mesmo tempo para matar alguém.
Esta tóxina é usada desde 1978 no tratamento de estrabismo, espasmos hemifaciais, torcicolos e espasticidade em crianças.
A eficácia do botox na redução de rugas foi descoberta na década de 80, quando oftalmologistas perceberam que depois de tratarem um espasmo ocular com botox a zona tinha ficado sem rugas.
Durante o período em que o botox tem efeito os nossos músculos faciais não são estimulados, por isso acabamos por 'destreinar' as expressões que nos marcam o rosto com rugas. Tal como todos os outros músculos do corpo perdem volume se não forem treinados, também os músculos mímicos se comportam deste modo. Assim, mesmo quando o efeito do botox acaba, a diminuição de rugas mantêm-se durante mais algum tempo.
Devido a esta capacidade que o botox tem de atenuar a capacidade de contração dos músculos, é cada vez mais recomendado por especialistas para ser usado para prevenir as rugas e não apenas para as combater.
A aplicação de botox na zona da testa, para atenuar a expressão zangada, é aconselhada por psiquiátras em tratamentos de depressão. O objetivo é enganar o cérebro, enviando-lhe uma mensagem de felicidade e obrigando-o a produzir maior quantidade de serotonina, o mesmo acontece quando sorrimos por exemplo.
O efeito do botox só se nota passados alguns dias da aplicação e tem uma duração de cerca de 5 meses.
A aplicação de botox deve ser feita em pequenas quantidades e de forma controlada. É um procedimento que acarreta riscos sobretudo em zonas sensíveis, como a zona ocular e boca. A aplicação excessiva deste produto pode levar a uma elevada paralisia dos músculos, impedidindo os olhos de abrir e dificultando os movimentos da boca. A boa notícia é que o efeito não é permanente, já que o efeito do botox é sempre reversível.

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O desejo de manter uma aparência jovial leva muitas mulheres a recorrer a injeções de botox facial, na esperança de eliminar rugas de expressão e de manter as maçãs do rosto cheias. Mas… e se lhe dissesse-mos que, além desses procedimentos acarretarem riscos para a saúde, podem diminuir o prazer sexual, dificultando a chegada ao orgasmo?

É isso mesmo que defendem os investigadores de um estudo liderado por Michael B. Lewis, psicólogo na Universidade de Cardiff, Reino Unido. Tendo por base a teoria de que as expressões faciais não só refletem como influenciam aquilo que sentimos e tendo o botox a capacidade de esticar a pele, restringindo as expressões do rosto, o que os investigadores procuraram foi perceber se a incapacidade de realizar determinadas expressões poderia ou não afetar o prazer sexual das mulheres.

Para isso realizaram um inquérito a um grupo de 24 mulheres, registando as alterações sentidas por elas durante o ato sexual, antes e depois da colocação de injeções da toxina botulínica (o conhecido botox) no rosto. Essas mesmas respostas foram depois comparadas com outras de 12 mulheres que apenas realizaram procedimentos faciais que não restringem os músculos, como peelings de pele.

Resultados? 13 das 24 mulheres que colocaram botox (mais de metade) confessaram ter sentido uma diminuição na satisfação sexual, relatando ter sido mais difícil atingir o orgasmo e, mesmo quando atingido, não foi tão satisfatório. Desta forma, concluiu-se que: “Inibir a expressão facial, reduziria a excitação da experiência sexual. A hipótese testada mostra que o prazer sexual das participantes terá reduzido após as injeções de Botox, as mesmas que dificultam as expressões associadas à excitação sexual”, pode ler-se no estudo publicado no início de outubro, na revista Scientific Reports.

Perante estes dados, os investigadores afirmam que: “O ato de franzir a testa não é apenas uma resposta à excitação sexual, pode também apoiá-la e aprimorá-la. Ou seja, as expressões faciais não são apenas um resultado de excitação sexual, elas fazem parte dela e sem elas a experiência será reduzida”, pode ler-se no mesmo estudo.

As consequências de ter um rosto de boneca

Não é só no prazer sexual que o botox parece intervir negativamente. O mesmo estudo revela ainda que outras consequências podem surgir só de perdermos a capacidade de realizar algumas expressões faciais.

Uma delas é a incapacidade de comunicar e perceber o que o outro sente através do rosto. “O tratamento com BTX (botox) reduz a capacidade de determinar emoções quando expressas apenas através dos olhos”, afirmam os investigadores no estudo, referindo ainda a dificuldade que surge em se perceber se o outro se encontra triste ou feliz só de olharmos para o seu rosto.

Referindo ainda importância do sorriso, uma das formas de comunicação e interação, o mesmo estudo revela: “Um sorriso verdadeiro é aquele que envolve tanto a boca como os olhos: os músculos zigomáticos maior e orbicular dos olhos são contraídos. Isso pode ser contrastado com um falso sorriso, que só recorre ao zigomático maior, sendo por vezes referido como um sorriso de Botox”. E pode ler-se ainda: “Pesquisas mostram que um sorriso que recorre aos músculos dos olhos é tida como mais quente e mais sincera do que aquele que usa apenas os músculos da boca”.

Percorra a galeria de imagens acima e fique a par de outras curiosidades sobre o botox.

[Imagem de destaque: Shutterstock]

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