Publicidade Continue a leitura a seguir

Estudo mostra como #MeToo está a mudar os rapazes americanos

Estudo da MTV: Os jovens consideram positivo o movimento #MeToo
87% dos jovens acredita que “é bom as pessoas exporem o facto de terem sido assediadas sexualmente por pessoas poderosas”
Mais de 1 em 3 jovens (34%) partilhou ou pôs um “gosto” em posts de apoio ao #MeToo
85% concorda que “as acusações [de assédio] lançaram uma importante discussão”
Na sequência do #MeToo, os rapazes começam a questionar o seu comportamento passado e a pensar no comportamento que vão ter no futuro.
Cerca de 1 em 3 jovens rapazes (32%) diz estar “preocupado que tenha feito algo que possa ser percecionado como assédio sexual”
4 em cada 10 rapazes (40%) afirma que o #MeToo mudou a maneira como interagem numa relação potencialmente romântica.
Cerca de 1 em 4 (24%) diz que desde o #MeToo notou que os rapazes que conhece alteraram o seu comportamento.
Os jovens procuram orientação e entendimento sobre o assédio sexual
Cerca de 7 em 10 jovens (68%) diz que as fronteiras entre o que é e não é assédio são confusas.
Quase 7 em cada 10 (69%) afirma que gostaria que fosse mais fácil compreender o que é e o que não é assédio sexual.
O movimento #MeToo está a agitar as águas e a mudar a forma com os jovens pensam as dinâmicas de género na sociedade atual
61% dos jovens afirma que desde o #MeToo que pensa que a sociedade aceita o comportamento sexista dos homens. Nas raparigas, a percentagem é de 69%, nos homens é de 53%.
59% dos jovens diz que com o #MeToo começou a pensar em como o mundo é díficil para as mulheres. Entre os inquiridos do sexo feminino, a percentagem é de 66%. Nos homens, são 52% os que concordam com essa afirmação.
45% dos jovens diz que as acusações de assédio sexual que foram conhecidas mudaram a sua perceção sobre a discriminação de género.
Mais de 55% dos jovens diz que o movimento #MeToo os fez ter mais conversas sobre assédio e abusos sexuais.

Publicidade Continue a leitura a seguir

Um estudo da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), divulgado ontem, mostra que mais de dois terços dos jovens portugueses considera natural ter uma relação violenta e mais de metade dos inquiridos já sofreu atos de violência no namoro.

O inquérito envolveu cerca de 4.600 jovens, com uma média de idades de 15 anos, e os resultados voltaram a fazer soar os alarmes sociais e institucionais.

A secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, alertou para uma “banalização e mistificação” da violência entre casais, lançando um apelo aos “atores da sociedade” para que sejam “vigilantes e intensifiquem a sensibilização”, lembrando “os estereótipos que estão na base da violência entre mulheres e homens, rapazes e raparigas”.

Alguns desses estereótipos parecem estar a mudar, pelo menos junto dos jovens americanos, e devido à mediatização do movimento #MeToo. As conclusões são de um estudo promovido pelo canal de televisão MTV, que apoia a campanha e que em dezembro de 2017 realizou um inquérito a uma amostra de 1800 jovens, com idades entre os 18 e os 25 anos, para apurar a forma como o movimento está a influenciar as relações juvenis e a sua perceção sobre este tipo de assuntos.

O Delas.pt teve acesso aos números do estudo que revelam, entre outras coisas, como os rapazes alteraram o seu comportamento nas relações depois dos casos de assédio e abuso sexual denunciados pelo movimento ou como o #MeToo contribuiu para os jovens mudarem a sua perspetiva sobre a discriminação de género e as dificuldades das mulheres, no geral.

Veja na galeria, em cima, as conclusões do inquérito conduzido pelo MTV Insights Research.

 

Fotografias: Shutterstock