Exame de sangue pode ajudar a explicar e prevenir abortos espontâneos

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[Fotografia: Pexels/Nataliya Vaitkevich]

Uma equipa liderada pela ginecologista dinamarquesa Henriette Svarre Nielsen demonstrou que um simples exame de sangue pode ajudar a compreender e, eventualmente, prevenir abortos espontâneos.

Um teste que apresenta a mais-valia de poder ser feito ainda no início da gravidez e a partir da quinta semana de gestação, e não a partir da décima e após o terceiro aborto espontâneo como até aqui era possivel na Dinamarca. “Se ocorrer um aborto espontâneo, podemos colher uma amostra de sangue da mãe para descobrir as características genéticas do feto”, avançou a especialista Svarre Nielsen à agência francesa AFP.

O exame implica a recolha de sangue, que é isolado e sequenciado para obter o ADN do feto, sendo depois analisado para perceber se há ou não anomalia cromossómica. De acordo com os dados recolhidos até agora, a resposta positiva para 50 a 60%.

Os médicos “verão se [os números de] alguns cromossomas são mais problemáticos do que outros. Tal permitirá que determinem um possível risco no futuro”, explicou a técnica de laboratório, Lene Werge. Se não houver anomalias cromossómicas, os médicos iniciam uma investigação minuciosa para explicarem a interrupção precoce de gravidez e que pode passar por fatores como, entre outros, desequilíbrios hormonais, doenças endócrinas, problemas de coagulação ou estilo de vida.

Segundo Svarre Nielsen, os resultados do estudo podem ajudar a prevenir 5% dos 30 milhões de abortos espontâneos anuais no mundo.

AFP