Exportações de têxtil e vestuário português com “quebra súbita”

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A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) assinalou a “quebra súbita nas exportações de têxteis e vestuário” em junho, que resultou numa redução de 1,6% no primeiro semestre, para 2,7 milhões de euros.

Em comunicado, o diretor-geral da ATP, Paulo Vaz, refere que segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta sexta-feira, 9 de agosto, em junho as exportações de têxteis e vestuário sofreram uma redução de 12,7% face ao mesmo mês do ano anterior, “trazendo os resultados acumulados no primeiro semestre para terreno negativo: -1,6%”. “Até junho, Portugal exportou 2.684 milhões de euros de têxteis e vestuário”, indica a ATP.

Segundo a associação, os produtos que mais contribuíram para o resultado negativo foram o vestuário e acessórios de malha, com menos 33 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma queda homóloga de 2,9%.

Os outros artigos têxteis confecionados registaram uma redução de 11,7% nos primeiros seis meses do ano. Aqui incluem-se têxteis para o lar (menos 16 milhões de euros, uma quebra de 4,9%) e as matérias-primas de algodão, entre as quais se incluem fios e tecidos (menos 11 milhões de euros exportados, representando uma quebra de 11,7%).

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A compensar os resultados negativos, as pastas, feltros e artigos de cordoaria foram os produtos que registaram maior crescimento absoluto no primeiro semestre, com um acréscimo de 14 milhões de euros (mais 9,7%), seguidos do vestuário e acessórios em tecido (acréscimo de 12 milhões de euros, mais 2,6%).

A taxa de cobertura da balança comercial dos têxteis e vestuário tem agora um saldo de 491 milhões de euros, e uma taxa de cobertura de 122%. De acordo com os dados divulgados hoje pelo INE, as exportações portuguesas de bens diminuíram 8,3% e as importações recuaram 4,1% em junho face ao mesmo mês de 2018, possivelmente refletindo o menor número de dias úteis no período.

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“Os decréscimos registados em ambos os fluxos poderão estar relacionados com o facto de junho de 2019 ter tido menos três dias úteis do que junho de 2018”, nota o INE, que em maio tinha reportado um aumento de 8,5% das exportações e uma subida de 14,3% das importações, em termos homólogos e nominais.

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