António Costa anunciou nova comunicação ao país no sábado, 11 de novembro, e a partir do Palácio de São Bento, residência oficial do agora primeiro-ministro demissionário. Na declaração ao país – tal como sucedeu no dia em que se demitiu – o ainda chefe de governo dirigiu palavras emocionadas à mulher, Fernanda Tadeu.
Mas, afinal, quem é a companheira do primeiro-ministro demissionário António Costa que o tem acompanhado e que, a 8 de março de 2021 no programa televisivo da TVI, deixou bem claro que “ninguém define uma pessoa por ser mulher ou marido de alguém”. É antes “um projeto único”, “alguém que tem um percurso que é pessoal, que tem objetivos, ambições e metas a transpor”, referiu.
Antiga professora, tem 64 anos e há 36, desde 1987, que é casada com António Costa, relação que começou ainda no Liceu Passos Manuel, em Lisboa, e da qual mais tarde nasceram dois filhos: Pedro, 32 anos, e Catarina, 29.
Fernanda Maria Gonçalves Tadeu nasceu a 18 de outubro de 1959 e desde sempre seguiu a carreira educativa, tendo-se formado na Escola Superior de Educadores de Infância e licenciado posteriormente em Educação Especial.
Lutou contra um tumor, mas que há muito está debelado. “Tive um problema, mas está resolvido. Fui operada. Havia um tumor que não se expandiu e foi tirado o problema”, afirmou também numa entrevista à TVI.
Os agradecimentos a Fernanda Tadeu
No sábado, 11 de novembro, o primeiro-ministro demissionário dirigiu-se a ela considerando que “há gestos de carinho que não têm explicação, só gratidão” – estando ela presente na sala, sentada no chão, ao lado de fotojornalistas que faziam a cobertura da declaração ao país.
Fernanda Tadeu na comunicação ao país do primeiro ministro demissionário António Costa, na conferência de imprensa na Residência Oficial em São Bento, a 11 de novembro de 2023 [Fotografia: Pedro Rocha / Global Imagens]
Dois dias antes, já depois das oito da noite, Fernanda Tadeu descia as ruas até ao Largo do Rato, sede do Partido Socialista, de mão dada com o marido e momentos depois de Marcelo rebelo de Sousa ter dissolvido o Parlamento, na noite de quinta, 9 de novembro.
Ainda antes, na terça, 7 de novembro, aquando da apresentação de demissão pelo então chefe de Governo, António Costa reservava, na comunicação ao país que teve lugar ao início da tarde, uma nota à mulher. “Uma palavra muito sentida de agradecimento à minha família, muito especial à minha mulher por todo o apoio, todo o carinho e os muitos sacrifícios pessoais que passou ao longo destes oito anos”, afirmou.
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