Guia para refazer a vida amorosa após a separação

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[Fotografia: Pexels/Josh Willink]

Separou-se recentemente, está à procura de novos amores e, a meio de um encontro, é mencionada a palavra filhos. Para os pais solteiros, o problema começa, muitas vezes, quando mencionam os mais pequenos. Esta situação é bastante comum em famílias monoparentais que procuram novos relacionamentos através de aplicações de encontros.

Em Portugal, as famílias monoparentais com mães são seis vezes mais do que com pais. Segundo um estudo francês, 55 % dos inquiridos viram a candidata a cara-metade desaparecer após falarem sobre os menores a cargo.

Dificuldades específicas das mães e pais solteiros

Quando os filhos ficam ao encargo de apenas um elemento, o tempo e dinheiro para os pais se dedicaram a encontros amorosos acaba por ser escasso. Ir jantar fora é, muitas vezes, sinónimo de pagar a conta e, para os pais que mantêm situações precárias, tal pode mesmo ser uma tarefa bastante complicada.

Por motivos como o sentimento de culpa, de não dedicar o tempo total aos filhos, é que os pais demoram cerca de 4,1 anos a refazer a vida amorosa. Apesar das mães levarem mais, cerca de 6,1, esta questão acaba por ser transversal aos dois géneros, pesando ainda mais sobre o feminino.

Formas de reinventar os encontros amorosos

Muitos pais solteiros optam por alterar as perceções criadas em sobre os encontros amorosos. Por exemplo, em vez de um encontro noturno, com direito a jantar, muitos optam por almoçar ou tomar um café. Encontros menos envolventes, menos dispendiosos e mais fáceis de encaixar numa programação muitas vezes sobrecarregada. Se a guarda dos filhos for partilhada, acaba por se tornar mais fácil, uma vez que pode marcar encontros na semana em que a criança está a cargo do outro progenitor.

É importante definir bem as expectativas

Ninguém espera passar por uma separação. Esse momento é considerado por muitos, inclusive, um projeto de vida falhado. Quando os pais “voltam ao mercado” é importante definirem bem o que querem dali para a frente e o que não estão dispostos a aceitar. É importante voltarem a trabalhar a confiança.

Não tenha medo de novas experiências

Segundo especialistas, citados pela revista francesa Neon, não é preciso haver pressa na procura que um novo amor, mas também é importante não ter medo do fracasso. Embora seja difícil para os pais conseguirem ter tempo para aceitar convites, não devem colocar de lado essa parte da vida. Estar em conexão com os outros é o primeiro nível para conhecer alguém depois, uma vez que a relação com os amigos, por exemplo, projeta uma imagem de quem a pessoa realmente é.

Pense: “Sou mãe ou pai, mas também sou um ser humano”

É difícil colocar os filhos, em alguns momentos, em segundo plano. Muitos pais sentem culpa por estar a pensar em si mesmos. Os filhos devem ser a prioridade, mas nem tudo tem de girar à volta da criança. Trabalhar a autoestima é um passo que não deve ser ignorado e é fundamental para que todos estejam bem.