202 anos. Serão precisas, sociologicamente falando, mais de dez gerações de pessoas para que mulheres e homens aufiram o mesmo. Este é um dos dados que consta do relatório anual da Desigualdade de Género do Fórum Económico Mundial, publicado em dezembro, e no qual fica claro que só em 2220 é que ambos sexos estarão equiparados em matéria de rendimentos auferidos.
Ora, e se a análise de 2018 vem trazer boas – mas tímidas notícias – face a a 2017, certo é que os 202 anos representam um penoso retrocesso face a 2016, onde o documento produzido pela referida instituição internacional falava em 170 anos expectáveis para a tão almejada igualdade.
Portugal contribuiu para estes resultados, afinal volta a descer nas tabelas gerais, mesmo quando estão anunciadas políticas rumo a essa equiparação, que parecem não estar a inverter consistentemente estes dados.
Em 2018, o território nacional ocupa a 37 posição, em 149 países, nada mais do quem recuo de quatro lugares face a 2017 e seis face a 2016, anos em que o universo de países estudados era de 144 territórios.
Em 12 anos, o país piorou em quase todos os indicadores, menos no da saúde e sobrevivência. Mas, olhando ao detalhe para o caso português, a igualdade salarial faz disparar todas as campainhas, com uma descida para a a 103 posição em 149.
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Em matéria de participação económica e face a 2006 – ano em que o relatório começou a ser elaborado – Portugal recuou 11 posições, perdeu 25 lugares no que diz respeito à educação e viu baixar a sua participação política, apesar de ter conseguido cumprir em 2016 – pela primeira vez – a paridade na Assembleia da República e dez anos depois de a lei ter sido aprovada.
Na liderança da tabela internacional está, sem surpresa, a Islândia. Seguem-se-lhe a Noruega, a Suécia, a Finlândia, a Filipinas, a Irlanda, a Nicarágua, a Ruanda e a Namíbia.
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